O avanço da COVID-19 por causa da variante Ômicron fez a Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) dar passos atrás na flexibilização de suas atividades e definir pelo retorno ao trabalho remoto a partir de segunda-feira (31/1). A ideia é dar continuidade aos trabalhos dos deputados estaduais e dos servidores administrativos, mas preferencialmente pelo home office.
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"Mesmo com a adoção dessas medidas, as atividades do Parlamento serão mantidas, garantindo o exercício de suas funções constitucionais e preservando a segurança das pessoas", lê-se em trecho de comunicado emitido para oficializar a decisão.
Boletim da COVID-19 divulgado pela Secretaria de Estado de Saúde (SES) nesta quinta aponta que, pelo segundo dia seguido, Minas Gerais bateu a marca de 30 mil novos casos em 24 horas. O recorde de contaminações em apenas um dia foi batido ontem, quando, juntas, as 853 cidades do estado somaram 36.353 diagnósticos. O número de mortes ultrapassa 57 mil.
Ocupação de leitos em BH acende alerta
Ao citar as justificativas para o recuo, os representantes da Assembleia Legislativa mencionaram a ocupação de leitos em Belo Horizonte, sede do Legislativo estadual. Na capital, as unidades de terapia intensiva (UTIs) destinadas aos contaminados pela COVID-19 estavam 82,1% ocupadas. Nas enfermarias, o índice era ligeiramente superior: 82,2%.
No início deste mês, o Coletivo de Mulheres da ALMG enviou ofício ao setor médico do Parlamento pedindo atenção aos dados da pandemia. O grupo mostrou preocupação, sobretudo, com os trabalhadores terceirizados, que não usufruem do plano de saúde corporativo oferecido a servidores concursados e assessores ligados aos gabinetes.
Volta aos trabalhos bate à porta
O recesso de janeiro dos parlamentares estaduais mineiros está no fim. Os deputados vão retornar para o último ano de legislatura tendo que tomar decisões importantes, como a escolha do indicado da Assembleia a ocupar cadeira vaga no Tribunal de Contas do Estado (TCE).
Na disputa, estão Alencar da Silveira Júnior (PDT), Duarte Bechir (PSD), Celise Laviola e Sávio Souza Cruz (ambos do MDB). Um deles terá a missão de substituir Sebastião Helvécio, que se aposentou do posto de conselheiro da corte.