O deputado federal André Janones (Avante-MG), que diz ser a "única terceira via viável" ante o domínio de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL) nas intenções de voto para a eleição presidencial, tem resposta na ponta da língua ao tratar da tentativa do líder petista de conseguir um terceiro mandato. Para ele, os erros da atual gestão acabaram por "ressuscitar" Lula.
"O governo Bolsonaro o ressuscitou. Foi tão ruim e aquém do esperado que fez com que as pessoas fizessem uma comparação e, como não se discute com números, trouxe à face uma impressão de solução fácil e rápida, que o problema do país pode ser resolvido da noite para o dia", disse ele, em entrevista ao Estado de Minas.
Janones crê que, diante da conjuntura, a pré-candidatura de Lula se tornou "natural". Apesar disso, tem restrições a ela.
"[Há] um saudosismo em relação aos dois mandatos de Lula, mas o cenário é absolutamente diferente. Não existe receita de bolo. Por isso, vejo com preocupação essa possibilidade de volta ao passado".
Para o parlamentar, o cenário nacional tem similaridades ao quadro visto há quatro anos em Minas Gerais, quando Antonio Anastasia (à época no PSDB, mas hoje no PSD) e Fernando Pimentel (PT), sucumbiram à candidatura de Romeu Zema (Novo), tido como azarão.
"O eleitor do Anastasia não queria votar nele, mas não podia deixar o Pimentel. O eleitor do Pimentel sabia do desastre que era a administração dele, mas não podia deixar o PSDB voltar. Na reta final, descobriu-se uma terceira opção", comparou.
O "script" faz Janones acreditar que muitos dos eleitores petistas fazem a opção de forma envergonhada. "O eleitor que está votando no PT tem vergonha de votar no PT, mas tem que votar porque não pode deixar um louco, antivacina e terraplanista no governo", afirmou, sem deixar de caminhar pela "mão inversa".
"Boa parcela dos eleitores do Bolsonaro sabem que ele é despreparado e do dano que causou na condução da pandemia, mas o sentimento que predomina entre eles é 'não podemos deixar o PT voltar'".
Parlamentares e lideranças do Avante estiveram juntos no sábado (29/1), no Recife (PE), para o encontro nacional da sigla. O evento ajudou a reforçar a pré-candidatura de Janones.
O presidente da agremiação é Luis Tibé, outro deputado federal mineiro. O Avante se animou com a pesquisa divulgada pelo Ipec, herdeiro do Ibope, em dezembro. O levantamento apontou Janones com 2%, índice que representa empate com João Doria, governador de São Paulo e nome que o PSDB deseja lançar ao Palácio do Planalto.
Os trabalhos do Avante são para fazer com que Janones dê o "start" na campanha eleitoral com pelo menos 6%. Ele tem cumprido agendas pelo Brasil e há, inclusive, um ônibus com o rosto dele rodando estradas durante os compromissos. O partido, ao contrário de siglas como PT e PSB, não cogita se federar a outra legenda.
"Não tenho dúvidas de que iniciaremos a campanha eleitoral ocupando o terceiro lugar. Aí, vamos ter 45 dias para buscar o segundo lugar para chegar ao segundo turno", esperançou o pré-candidato.
"O governo Bolsonaro o ressuscitou. Foi tão ruim e aquém do esperado que fez com que as pessoas fizessem uma comparação e, como não se discute com números, trouxe à face uma impressão de solução fácil e rápida, que o problema do país pode ser resolvido da noite para o dia", disse ele, em entrevista ao Estado de Minas.
Janones crê que, diante da conjuntura, a pré-candidatura de Lula se tornou "natural". Apesar disso, tem restrições a ela.
"[Há] um saudosismo em relação aos dois mandatos de Lula, mas o cenário é absolutamente diferente. Não existe receita de bolo. Por isso, vejo com preocupação essa possibilidade de volta ao passado".
Para o parlamentar, o cenário nacional tem similaridades ao quadro visto há quatro anos em Minas Gerais, quando Antonio Anastasia (à época no PSDB, mas hoje no PSD) e Fernando Pimentel (PT), sucumbiram à candidatura de Romeu Zema (Novo), tido como azarão.
"O eleitor do Anastasia não queria votar nele, mas não podia deixar o Pimentel. O eleitor do Pimentel sabia do desastre que era a administração dele, mas não podia deixar o PSDB voltar. Na reta final, descobriu-se uma terceira opção", comparou.
O "script" faz Janones acreditar que muitos dos eleitores petistas fazem a opção de forma envergonhada. "O eleitor que está votando no PT tem vergonha de votar no PT, mas tem que votar porque não pode deixar um louco, antivacina e terraplanista no governo", afirmou, sem deixar de caminhar pela "mão inversa".
"Boa parcela dos eleitores do Bolsonaro sabem que ele é despreparado e do dano que causou na condução da pandemia, mas o sentimento que predomina entre eles é 'não podemos deixar o PT voltar'".
'Empate' com Doria anima dirigentes do Avante
Parlamentares e lideranças do Avante estiveram juntos no sábado (29/1), no Recife (PE), para o encontro nacional da sigla. O evento ajudou a reforçar a pré-candidatura de Janones.
O presidente da agremiação é Luis Tibé, outro deputado federal mineiro. O Avante se animou com a pesquisa divulgada pelo Ipec, herdeiro do Ibope, em dezembro. O levantamento apontou Janones com 2%, índice que representa empate com João Doria, governador de São Paulo e nome que o PSDB deseja lançar ao Palácio do Planalto.
Os trabalhos do Avante são para fazer com que Janones dê o "start" na campanha eleitoral com pelo menos 6%. Ele tem cumprido agendas pelo Brasil e há, inclusive, um ônibus com o rosto dele rodando estradas durante os compromissos. O partido, ao contrário de siglas como PT e PSB, não cogita se federar a outra legenda.
"Não tenho dúvidas de que iniciaremos a campanha eleitoral ocupando o terceiro lugar. Aí, vamos ter 45 dias para buscar o segundo lugar para chegar ao segundo turno", esperançou o pré-candidato.