A Polícia Federal concluiu, nesta segunda-feira (31/1), que o presidente Jair Bolsonaro não cometeu crime de prevaricação no caso da compra da vacina indiana Covaxin, caso que ganhou publicidade durante a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da COVID-19, no Senado Federal.
A PF encaminhou relatório à ministra-relatora do caso, Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal (STF). De acordo com a investigação, não há indícios materiais de conduta criminosa por parte do chefe do Planalto.
A denúncia é uma das principais suspeitas contra Bolsonaro e sua gestão. A possibilidade de eventual participação do presidente foi relatada à CPI da COVID pelo deputado federal Luis Miranda (DEM-DF) e pelo seu irmão, servidor de carreira do Ministério da Saúde, Luis Ricardo Miranda.
O parlamentar afirmou ter alertado sobre supostas irregularidades no contrato, como superfaturamento, mas o presidente não teria tomado atitude para impedir a compra. À época, a revelação expôs uma série de contradições no discurso bolsonarista a respeito de imunizantes e combate à corrupção.
Com a exposição, o caso se tornou alvo de manifestações no ano passado para pedir o impeachment de Bolsonaro. Da mesma forma, apoiadores do presidente foram às ruas.