A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) indiciou o ex-chefe de gabinete do prefeito Alexandre Kalil (PSD), Alberto Lage, por ter gravado uma conversa entre eles em agosto passado. Lage afirma ter gravado o diálogo como forma de se proteger de possíveis ofertas tidas como ele por imorais, mas a corporação entendeu que, ao ter feito a captação do áudio sem o conhecimento do interlocutor, ele agiu de maneira "clandestina".
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A Polícia Civil apontou que trechos do diálogo foram divulgados de forma fragmentada, o que teria causado "ofensa à honra da vítima".
"Trata-se de um diálogo travado entre o chefe de gabinete e o prefeito municipal em um ambiente restrito e revestido de caráter confidencial natural, cuja publicidade implicou ofensa ao direito à intimidade da vítima e sigilo profissional", afirmou a delegada, no relatório que escreveu.