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Estado de Minas BLOG DO VICENTE

Vaga para vice de Bolsonaro abre 'guerra' entre generais

Aqueles que acompanham a disputa de perto dizem que Braga Netto e Ramos 'estão sufocando' o presidente


01/02/2022 23:43 - atualizado 02/02/2022 07:08

Bolsonaro e Heleno
Os generais Braga Netto, Luiz Eduardo Ramos e Augusto Heleno (foto: Antônio Cruz/Agência Brasil, Ed Alves/CB/D.A Press e Evaristo Sá/AFP)
A decisão do presidente Jair Bolsonaro de deixar para os 48 minutos do segundo tempo o anúncio do nome do vice de sua chapa à reeleição abriu uma guerra entre os generais que ocupam cargos no governo.

De um lado está o general Heleno, responsável pelo Gabinete de Segurança Institucional (GSI), apontado, entre os militares, como o melhor nome para concorrer ao lado de Bolsonaro a mais quatro anos de poder. De outro, os generais Braga Netto, ministro da Defesa, e Luiz Eduardo Ramos, secretário-geral da Presidência.

Aqueles que acompanham a disputa de perto dizem que Braga Netto e Ramos “estão sufocando” Bolsonaro para que ele anuncie logo o ministro da Defesa como vice. Isso, segundo essas mesmas fontes, ficou evidente na motociata que o presidente fez por Brasília no fim de semana. Os dois generais não largaram um minuto do chefe.

A aliança de Ramos com Braga Netto tem um objetivo: o hoje secretário da Presidência quer porque quer se tornar ministro da Defesa. Por uma razão simples: se Braga Netto for o escolhido para compor a chapa com Bolsonaro, o caminho para Ramos estará livre.

Além de convencer Bolsonaro a escolher Braga Netto como vice, o marqueteiro Ramos terá outra missão pesada: convencer o alto comando das Forças Armadas a lhe dar apoio. É evidente que Ramos não é bem-visto entre os comandantes das três Armas. Ninguém o respeita.

Braga Netto também não é o ministro dos sonhos do alto Comando das Forças Armadas. Não é carismático nem tem liderança, apesar de ser considerado uma boa pessoa. E o pouco prestígio que tinha ficou ainda menor depois que vestiu de vez o uniforme da política.

Heleno, por sua vez, é apontando como uma liderança nata entre os militares. E aqueles que o defendem como vice de Bolsonaro garantem que ele agrega votos, palavra mágica neste momento em que o presidente está com elevadíssimo grau de rejeição e muito distante do ex-presidente Lula em todas as pesquisas de intenções de votos.


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