O deputado estadual Raul Belém (PSC) entregou, nesta quinta-feira (3/2), o cargo de líder do bloco parlamentar que dá sustentação, na Assembleia Legislativa, ao governo de Romeu Zema (Novo). Em primeiro mandato, Belém escolheu prioridade às atividades ligadas à atuação de seu gabinete. Por isso, deixou o posto de liderança.
Na Assembleia, o líder do governo Zema é Gustavo Valadares (PSDB), que vai continuar no cargo neste ano. Belém liderava os deputados da coalizão formada por PSC, Novo, Podemos, Solidariedade, PSDB, PP e Avante.
A liderança de um bloco partidário é importante porque o deputado responsável por ocupá-la atua como uma espécie de "porta-voz" do grupo nas conversas com o resto dos componentes da Assembleia. Belém, portanto, tinha papel de destaque nas negociações e articulações em prol da aprovação de pautas de desejo do governo Zema.
"Essa atitude [renunciar à liderança] não é, de forma alguma, de despedida ou separação, senão uma etapa diferente que exige maior dedicação a um lado do trabalho, mas que certamente continua junto a todos que desempenham esforços para construir uma Minas melhor para o nosso povo", disse o parlamentar do PSC, ao anunciar que colocaria a vaga à disposição.
Belém recebeu o agradecimento público do secretário de Governo Igor Eto, homem de confiança do governador nas articulações junto ao Legislativo. "Raul deixa a liderança do bloco governista, mas continua como parceiro e forte aliado do governo de Minas e do governador Zema na nobre empreitada de melhorar a vida dos mais de 21 milhões de mineiros e mineiras".
Entre o meio de 2020 e o início de 2021, Belém chegou a ser, em termos oficiais, o "número um" das articulações do Palácio Tiradentes, porque ocupava a liderança de governo.
O bloco das legendas simpáticas ao governo Zema se chamava "Sou Minas Gerais", mas em abril do ano passado foi batizado com o nome do ex-deputado estadual Luiz Humberto Carneiro, do PSDB. O tucano, que também chegou a ser o líder da gestão do Novo, morreu em virtude da COVID-19.
Os deputados estaduais ainda fazem os primeiros movimentos oficiais em 2022, mas a base aliada ao poder Executivo está focada em viabilizar o ingresso de Minas Gerais no Regime de Recuperação Fiscal (RRF) federal.
O plano é visto pela equipe econômica de Zema como essencial para aliviar os problemas financeiros do estado, mas há parlamentares que temem as contrapartidas do pacote - e, por consequência, prejuízos a políticas públicas.
O débito do estado com a União gira em torno de R$ 140 bilhões, mas uma liminar suspendeu o pagamento da dívida. O ministro Luis Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), ameaçou cassar a medida cautelar se Minas Gerais não ingressar no RRF. O governo, aliás, recorreu à mesma Suprema Corte para viabilizar a votação do tema na Assembleia.
"[O RRF] é algo visto pelo governo como único caminho para que Minas continue sem ter a obrigação ou a necessidade de pagar as parcelas da dívida com a União. Com a possibilidade, inclusive, de renegociá-las para a frente", defendeu Gustavo Valadares, ao Estado de Minas, no início desta semana.
Na Assembleia, o líder do governo Zema é Gustavo Valadares (PSDB), que vai continuar no cargo neste ano. Belém liderava os deputados da coalizão formada por PSC, Novo, Podemos, Solidariedade, PSDB, PP e Avante.
A liderança de um bloco partidário é importante porque o deputado responsável por ocupá-la atua como uma espécie de "porta-voz" do grupo nas conversas com o resto dos componentes da Assembleia. Belém, portanto, tinha papel de destaque nas negociações e articulações em prol da aprovação de pautas de desejo do governo Zema.
"Essa atitude [renunciar à liderança] não é, de forma alguma, de despedida ou separação, senão uma etapa diferente que exige maior dedicação a um lado do trabalho, mas que certamente continua junto a todos que desempenham esforços para construir uma Minas melhor para o nosso povo", disse o parlamentar do PSC, ao anunciar que colocaria a vaga à disposição.
Belém recebeu o agradecimento público do secretário de Governo Igor Eto, homem de confiança do governador nas articulações junto ao Legislativo. "Raul deixa a liderança do bloco governista, mas continua como parceiro e forte aliado do governo de Minas e do governador Zema na nobre empreitada de melhorar a vida dos mais de 21 milhões de mineiros e mineiras".
Entre o meio de 2020 e o início de 2021, Belém chegou a ser, em termos oficiais, o "número um" das articulações do Palácio Tiradentes, porque ocupava a liderança de governo.
O bloco das legendas simpáticas ao governo Zema se chamava "Sou Minas Gerais", mas em abril do ano passado foi batizado com o nome do ex-deputado estadual Luiz Humberto Carneiro, do PSDB. O tucano, que também chegou a ser o líder da gestão do Novo, morreu em virtude da COVID-19.
Foco da base governista está na Recuperação Fiscal
Os deputados estaduais ainda fazem os primeiros movimentos oficiais em 2022, mas a base aliada ao poder Executivo está focada em viabilizar o ingresso de Minas Gerais no Regime de Recuperação Fiscal (RRF) federal.
O plano é visto pela equipe econômica de Zema como essencial para aliviar os problemas financeiros do estado, mas há parlamentares que temem as contrapartidas do pacote - e, por consequência, prejuízos a políticas públicas.
O débito do estado com a União gira em torno de R$ 140 bilhões, mas uma liminar suspendeu o pagamento da dívida. O ministro Luis Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), ameaçou cassar a medida cautelar se Minas Gerais não ingressar no RRF. O governo, aliás, recorreu à mesma Suprema Corte para viabilizar a votação do tema na Assembleia.
"[O RRF] é algo visto pelo governo como único caminho para que Minas continue sem ter a obrigação ou a necessidade de pagar as parcelas da dívida com a União. Com a possibilidade, inclusive, de renegociá-las para a frente", defendeu Gustavo Valadares, ao Estado de Minas, no início desta semana.