O subprocurador-geral Lucas Furtado pediu ao Tribunal de Contas da União (TCU), nesta sexta-feira (4/2), que declare a indisponibilidade de bens do ex-ministro da Justiça e pré-candidato à Presidência Sergio Moro.
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De acordo com Furtado, Moro foi contratado fora do regime CLT e por isso houve “pejotização” a fim de reduzir a tributação sobre o trabalho assalariado.
Na semana passada, Moro revelou que recebeu US$ 45 mil por mês enquanto trabalhou na consultoria. Com o desconto dos impostos, ele disse que recebia U$S 24 mil por mês – ou R$ 128,8 mil. O ex-juiz também revelou que recebeu um bônus de US$ 150 mil.
Em um ano, pelo serviço prestado, Moro recebeu R$ 2,8 milhões brutos, além do bônus equivalente a R$ 805,5 mil.
Após deixar o ministério da Justiça, depois de desavenças com o presidente Jair Bolsonaro (PL), em abril de 2020, Moro foi contratado pela Alvarez & Marsal, empresa de consultoria que também prestou serviços de recuperação judicial para a Odebrecht e outras empresas envolvidas na Lava-Jato.
O ex-juiz se desvinculou da empresa em 31 de outubro do ano passado e se filiou ao Podemos para seguir carreira política.