O presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), foi às redes sociais nesta segunda-feira (7/2) pedir a punição de manifestantes que entraram em uma igreja em Curitiba, Paraná, para protestar pelo assassinato do congolês Moïse Kabagambe.
O chefe do Executivo disse que acionou o Ministério da Justiça e da Segurança Pública e a pasta da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos para acompanharem o caso.
"Se esses marginais não respeitam a casa de Deus, um local sagrado, e ofendem a fé de milhões de cristãos, a quem irão respeitar?", postou o presidente.
- Acreditando que tomarão o poder novamente, a esquerda volta a mostrar sua verdadeira face de ódio e desprezo às tradições do nosso povo.
— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) February 7, 2022
- Se esses marginais não respeitam a casa de Deus, um local sagrado, e ofendem a fé de milhões de cristãos, a quem irão respeitar? pic.twitter.com/RzCbOn2xK7
No ação gravada é possível ver os manifestantes entrando na Igreja Nossa Senhora do Rosário dos Pretos. Segundo nota da Arquidiocese de Curitiba, a invasão ocorreu no último sábado (5/2) em torno de 17h, mesmo horário da celebração da missa.
"Solicitados a não tumultuar o momento litúrgico, lideranças do grupo instaram a comportamentos invasivos, desrespeitosos e grotescos", criticou a Arquidiocese. A nota ainda repudiou o ato já que considerou as ações agressivas e ofensivas.
Nas redes sociais, Bolsonaro citou o artigo 208 do Código Penal, que diz que "escarnecer de alguém publicamente, por motivo de crença ou função religiosa; impedir ou perturbar cerimônia ou prática de culto religioso; vilipendiar publicamente ato ou objeto de culto religioso". Segundo Bolsonaro, a pena poder ser a detenção de um mês a um ano ou pagamento de multa.
"Acionei o Ministério da Justiça e da Segurança Pública e o Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos para acompanharem o caso, de modo a garantir que os responsáveis pela invasão respondam por seus atos e que práticas como essa não ganhem proporções maiores em nosso país", completou Bolsonaro.
O presidente não comentou sobre a morte do congolês, que foi espancado por 15 minutos após cobrar pagamento no Rio de Janeiro.