O presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou ao arsenal de ataques a governos anteriores. Nesta quarta-feira (9/2), em discurso durante evento em visita à Barragem de Oiticica e ao anúncio de investimentos na região em Jucurutu, no Rio Grande do Norte, o chefe do Executivo recorreu a palavrões para criticar a Fundação Nacional do Índio (Funai) e os governos antecessores. Segundo ele, sua gestão descobriu que, no passado, o órgão tinha um contrato de R$ 50 milhões para "ensinar o índio a mexer com Bitcoin".
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Bolsonaro repetiu que não cometeu erros na pandemia da covid-19 e mentiu ao dizer, mais uma vez, que o Supremo Tribunal Federal (STF) o impediu de combater a doença. Em janeiro do ano passado, após o presidente dar declarações semelhantes, a Corte rebateu o presidente e destacou que a decisão tomada sobre a competência da União, estados e municípios na adoção de medidas sanitárias não impedia que o governo federal atuasse no combate à pandemia.
"A política do fica em casa, lockdown e toque de recolher foi desumana. Levou a mortes, desemprego, muita gente foi para depressão e para o desespero. Não errei nenhuma durante a pandemia, fui atacado covardemente o tempo todo, mas a decisão de conduzir a questão da pandemia, segundo decisão do STF, foi para governadores e prefeitos", justificou.
"Muitos (prefeitos e governadores) erraram na tentativa de fazer a coisa certa, agora está na hora de reconhecer o que não deu certo, o vírus ainda é uma questão desconhecida por nós", completou.