Jornal Estado de Minas

APÓS POLÊMICA

Bolsonaro diz que repudia nazismo e 'toda e qualquer ideologia autoritária'

O Presidente Jair Bolsonaro publicou em sua conta no twitter, na noite desta quarta-feira (9/2), que repudia o nazismo e "toda e qualquer ideologia autoritária". Para o governante brasileiro "a ideologia nazista deve ser repudiada de forma irrestrita e permanente, sem ressalvas que permitam seu florescimento, assim como toda e qualquer ideologia totalitária que coloque em risco os direitos fundamentais dos povos e dos indivíduos, como o direito à vida e à liberdade", disse.





 

O assunto foi repercutido internacionalmente após as declarações do influenciador brasileiro Bruno Aiub, conhecido como Monark, durante apresentação do podcast Flow, na segunda-feira (7). O youtuber disse que "o nazista tinha que ter o partido nazista reconhecido" durante debate com os deputados federais Kim Kataguiri (Podemos) e Tabata Amaral (PSB), que criticou o posicionamento do apresentador.

 

Na última terça-feira (08/02), o comentarista político Adrilles Jorge fez um gesto nazista na bancada do programa Opinião, da "Jovem Pan". A saudação ‘Sieg Heil’, que significa ‘viva a vitória’ em alemão, era usada pelos apoiadores do regime de Hitler. Após a polêmica, Adrilles foi demitido da emissora.  

 

Para o presidente da República, o tema deve ser tratado com seriedade e responsabilidade. "O fato de uma ideologia repugnante como a nazista ter destruído milhões de vidas exige que tenhamos extrema responsabilidade e seriedade na hora de tratar do tema, não deixando espaço para a calúnia, a difamação e a sua banalização. Não se combate uma injustiça com injustiças", ressaltou.

 

Jair Bolsonaro lamentou aqueles que banalizam os acontecimentos passados e demonstrou apoio aos judeus. Ele também afirmou que intensificou as relações bilaterais com Israel e deu apoio a iniciativas como a Aliança Internacional de Memória do Holocausto.





 

"Importante lembrar que existem ainda aqueles que, na busca implacável pelo poder, banalizam essa página triste da história da humanidade e instrumentalizam a sensibilidade humana para praticar exatamente aquilo que dizem combater, assassinando reputações e destruindo pessoas. Assim, reitero todo nosso apoio ao povo judeu, que hoje sofre não só com as cicatrizes deixadas pela história, mas também com o desrespeito daqueles que banalizam um assunto tão grave, rotulando tudo e todos na ânsia de conquistar ainda mais poder e controle sobre as pessoas".

 

Bolsonaro também defendeu que "outras organizações" que "pregam o antissemitismo, a divisão de pessoas em raças ou classes" devem estar na mira das leis brasileiras.

 

Ainda conforme o presidente brasileiro, "o Brasil nunca terá solo fértil para o totalitarismo porque o amor pela liberdade corre em nossas veias. Quem deseja o contrário está do lado errado. Que o momento seja de reflexão, de amadurecimento, a respeito de qual ambiente queremos criar para o Brasil. Tenhamos todos mais juízo e responsabilidade. Precisamos continuar trabalhando pelo futuro de nossa nação", concluiu.