Jornal Estado de Minas

Congresso

Rodrigo Pacheco: "Defender nazismo não é liberdade de expressão"

Brasília - O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) marcou para as 9h de hoje, sessão solene para homenagear e relembrar as vítimas do holocausto e realizar a cerimônia do Yom HaShoá, conhecido como "Dia da Lembrança do Holocausto".



Em discurso no Salão Azul, ontem, Pacheco afirmou: "Quem legitima o nazismo afronta a memória das vítimas e dos sobreviventes desse regime e desdenha das atrocidades por ele causadas. Defender o nazismo não é uma justa manifestação da liberdade de expressão. Defender o nazismo é crime!", afirmou.

A senadora Simone Tebet (MDB-MS) citou projeto de lei que altera o art. 20 da Lei 7.716, de 5 de janeiro de 1989, para tipificar como crime a apologia ao nazismo, a prática de saudações nazistas e a negação, a diminuição, a justificação ou a aprovação do holocausto. A matéria está em trâmite no Congresso.

Na segunda-feira, o apresentador do Flow Podcat, Bruno Monteiro Aiub, conhecido como Monark, abordou o tema enquanto ocorria o debate sobre regimes radicais de esquerda e direita, e Monark saiu em defesa da criação de um partido nazista no Brasil.

O deputado Kim Kataguiri (PSL-SP), presente no programa, criticou a Alemanha por ter criminalizado o nazismo após a Segunda Guerra Mundial. Por causa dos comentários, Monark foi demitido do programa e a Procuradoria-Geral da República abriu investigação contra ele e Kataguiri para saber se houve apologia ao nazismo, considerada crime no Brasil.

Ontem, o comentarista político Adrilles Jorge foi demitido da Jovem Pan depois que, na tarde de terça-feira, encerrou sua participação num programa de emissora com um gesto associado a saudação nazista.