O Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria para arquivar um inquérito que investiga o suposto pagamento de propina aos senadores Renan Calheiros (MDB-AL) e Jader Barbalho (MDB-PA) nas obras da hidrelétrica de Belo Monte, no Pará.
A maioria dos ministros seguiu o entendimento do relator, ministro Edson Fachin. Votaram nesse sentido os ministros Rosa Weber, Ricardo Lewandowski, Cármen Lúcia, Dias Toffoli, Alexandre de Moraes e Gilmar Mendes.
Para Fachin, após cinco anos de investigações, o Ministério Público não conseguiu reunir indícios de crime contra os parlamentares.
O inquérito envolvendo os senadores foi aberto em 2016, depois da delação premiada do ex-senador Delcídio do Amaral, que teve o mandato cassado.
De acordo com Delcídio, construtoras acertaram o pagamento de R$ 30 milhões em propina para o PT e o PMDB. Parte do suborno teria sido pago para a campanha eleitoral de Dilma Rousseff em 2010 e parte para o "grupo de José Sarney" no PMDB.