Pré-candidato à presidência da República, Ciro Gomes (PDT) esteve na sede da Prefeitura de Belo Horizonte nesta sexta-feira (11/2) para conversar com Alexandre Kalil (PSD). Segundo ele, a visita foi de cortesia, por causa da boa relação que têm há alguns anos. Apesar de terem conversado de política, o pedetista afirmou que o bate-papo não teve cunho eleitoral. Kalil é tido como pré-candidato ao governo mineiro.
Mesmo assim, Ciro fez questão de dizer a Kalil que está à disposição. E, para isso, fez uma analogia a Reinaldo, atacante que foi ídolo do Atlético - clube do coração do prefeito - nos anos 1970 e 1980.
"Eu não seria, por mais desejo que tenha, indelicado de constranger o Kalil tendo, o partido dele, uma [pré] candidatura. Apenas disse que como Reinaldo, o Rei do Atlético, estou na área, pedindo a bola, para ver se a gente ajuda o Brasil a mudar de caminho", disse.
A pré-candidatura do PSD citada por Ciro é a de Rodrigo Pacheco, presidente do Congresso Nacional e eleito senador por Minas Gerais.
"Concordamos, eu e ele, que a hora da política não é essa. Porque delicadezas, a gente precisa cultivar - especialmente chegando a Minas Gerais, terra de Tancredo Neves e Juscelino Kubitschek. Temos que chegar com o respeito devido", pontuou.
Em que pese a possibilidade de Kalil entrar na disputa contra o governador Romeu Zema (Novo), Ciro relatou que o amigo permanece voltado às demandas da prefeitura.
"Examinamos o quadro nacional e de Minas Gerais. Vi Kalil muito compenetrado de que sua grande tarefa, hoje, é governar Belo Horizonte. Preocupado com as chuvas. A gente conversando e ele perguntando a assessores se havia alguma questão de risco".
Como mostrou o Estado de Minas nesta semana, o PDT mineiro tem esperanças de repetir, em Minas Gerais, a aliança costurada com o PSD no Rio de Janeiro. Lá, o trabalhista Rodrigo Neves, ex-prefeito de Niterói, e o pessedista Felipe Santa Cruz, ex-presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), são tidos como potenciais postulantes ao governo. Apesar disso, já decidiram que vão caminhar juntos.
Segundo Ciro, a aliança feita em terras fluminenses não significa, necessariamente, união PDT-PSD no quadro nacional ou em Minas Gerais. Por aqui, a ideia é manter o apoio pedetista à administração Kalil.
"Vamos ver se, aqui em Belo Horizonte e em Minas Gerais, mantemos o que já é fato. Nossos vereadores apoiam e cooperam com Kalil. Participamos da administração dele, e achamos que merece ser apoiada. Fiz um apelo a ele para que continue prestigiando nossos companheiros. Vamos deixando o tempo amadurecer as coisas para ver como vai ser a eleição nacional".
Ciro esteve na prefeitura acompanhado do presidente do PDT mineiro, o deputado federal Mário Heringer. A comitiva da legenda teve, ainda, o deputado estadual Alencar da Silveira Júnior, presidente do América. Marcaram presença, também, Miltinho CGE, Bruno Miranda e Duda Salabert, vereadores de BH.
"Essa parceria é de longa data. Os dois, além de afinidade política, têm afinidade afetiva. O partido é base do Kalil - e sinalizamos que querem continuar. Kalil agradeceu, e está apoiando o PDT. Essas decisões extrapolam a dimensão municipal e desembocam na questão municipal. Kalil, Ciro e nós não temos controle sobre isso. São decisões partidárias", pontuou Duda.
Kalil ainda não bateu o martelo sobre concorrer ao Palácio Tiradentes. Apesar disso, dirigentes do PSD reiteram que ele tem total autonomia para participar da corrida eleitoral. Ainda nesta sexta, mas mais cedo, o senador Alexandre Silveira, presidente do diretório pessedista em Minas, afirmou que o prefeito de BH é o "caminho natural" da sigla no estado.
"Nosso caminho natural é o prefeito de Belo Horizonte, reeleito com 63% dos votos, aprovado. Alguém com fala reta e franca e que muito tem de afinidade com o povo mineiro. O prefeito é o candidato natural do PSD. Desde que seja uma opção dele, tem total e completo respaldo do partido - em nível estadual e nacional".
O prefeito belo-horizontino ainda não tem apoios formais. No PT, que negocia a formação de uma frente com PSB, PV e PCdoB, há defesa por não descartar a ideia de apoiar Kalil.
Mesmo assim, Ciro fez questão de dizer a Kalil que está à disposição. E, para isso, fez uma analogia a Reinaldo, atacante que foi ídolo do Atlético - clube do coração do prefeito - nos anos 1970 e 1980.
"Eu não seria, por mais desejo que tenha, indelicado de constranger o Kalil tendo, o partido dele, uma [pré] candidatura. Apenas disse que como Reinaldo, o Rei do Atlético, estou na área, pedindo a bola, para ver se a gente ajuda o Brasil a mudar de caminho", disse.
A pré-candidatura do PSD citada por Ciro é a de Rodrigo Pacheco, presidente do Congresso Nacional e eleito senador por Minas Gerais.
"Concordamos, eu e ele, que a hora da política não é essa. Porque delicadezas, a gente precisa cultivar - especialmente chegando a Minas Gerais, terra de Tancredo Neves e Juscelino Kubitschek. Temos que chegar com o respeito devido", pontuou.
Em que pese a possibilidade de Kalil entrar na disputa contra o governador Romeu Zema (Novo), Ciro relatou que o amigo permanece voltado às demandas da prefeitura.
"Examinamos o quadro nacional e de Minas Gerais. Vi Kalil muito compenetrado de que sua grande tarefa, hoje, é governar Belo Horizonte. Preocupado com as chuvas. A gente conversando e ele perguntando a assessores se havia alguma questão de risco".
Tempo é aliado para fazer cenário 'amadurecer'
Como mostrou o Estado de Minas nesta semana, o PDT mineiro tem esperanças de repetir, em Minas Gerais, a aliança costurada com o PSD no Rio de Janeiro. Lá, o trabalhista Rodrigo Neves, ex-prefeito de Niterói, e o pessedista Felipe Santa Cruz, ex-presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), são tidos como potenciais postulantes ao governo. Apesar disso, já decidiram que vão caminhar juntos.
Segundo Ciro, a aliança feita em terras fluminenses não significa, necessariamente, união PDT-PSD no quadro nacional ou em Minas Gerais. Por aqui, a ideia é manter o apoio pedetista à administração Kalil.
"Vamos ver se, aqui em Belo Horizonte e em Minas Gerais, mantemos o que já é fato. Nossos vereadores apoiam e cooperam com Kalil. Participamos da administração dele, e achamos que merece ser apoiada. Fiz um apelo a ele para que continue prestigiando nossos companheiros. Vamos deixando o tempo amadurecer as coisas para ver como vai ser a eleição nacional".
Ciro esteve na prefeitura acompanhado do presidente do PDT mineiro, o deputado federal Mário Heringer. A comitiva da legenda teve, ainda, o deputado estadual Alencar da Silveira Júnior, presidente do América. Marcaram presença, também, Miltinho CGE, Bruno Miranda e Duda Salabert, vereadores de BH.
"Essa parceria é de longa data. Os dois, além de afinidade política, têm afinidade afetiva. O partido é base do Kalil - e sinalizamos que querem continuar. Kalil agradeceu, e está apoiando o PDT. Essas decisões extrapolam a dimensão municipal e desembocam na questão municipal. Kalil, Ciro e nós não temos controle sobre isso. São decisões partidárias", pontuou Duda.
Entenda o cenário
Kalil ainda não bateu o martelo sobre concorrer ao Palácio Tiradentes. Apesar disso, dirigentes do PSD reiteram que ele tem total autonomia para participar da corrida eleitoral. Ainda nesta sexta, mas mais cedo, o senador Alexandre Silveira, presidente do diretório pessedista em Minas, afirmou que o prefeito de BH é o "caminho natural" da sigla no estado.
"Nosso caminho natural é o prefeito de Belo Horizonte, reeleito com 63% dos votos, aprovado. Alguém com fala reta e franca e que muito tem de afinidade com o povo mineiro. O prefeito é o candidato natural do PSD. Desde que seja uma opção dele, tem total e completo respaldo do partido - em nível estadual e nacional".
O prefeito belo-horizontino ainda não tem apoios formais. No PT, que negocia a formação de uma frente com PSB, PV e PCdoB, há defesa por não descartar a ideia de apoiar Kalil.