O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) quer o apoio de Romeu Zema (Novo) à reeleição do presidente Jair Bolsonaro (PL). O parlamentar esteve em Belo Horizonte nesta semana para conversar com o governador mineiro e, durante o bate-papo, tocou no assunto. Zema, no entanto, sinalizou que deve seguir com o cientista político Felipe d'Ávila, pré-candidato de seu partido ao Palácio do Planalto.
Segundo apurou o Estado de Minas junto a fontes ligadas ao Palácio Tiradentes, Zema adotou tom cordial ao tratar do tema com Flávio Bolsonaro. Ele esteve no encontro ao lado do deputado federal Marcelo Alvaro Antonio (PSL-MG), ex-ministro do Turismo, que tenta emplacar uma candidatura ao Senado.
O entorno do presidente da República busca um palanque para fortalecer, em Minas Gerais, a campanha à reeleição. Entre aliados de Zema, porém, a avaliação é que o governador não terá ganhos diretos caso se una explicitamente a Bolsonaro.
Ontem, por exemplo, a pesquisa XP/Ipespe apontou o presidente na liderança do ranking de rejeição, com 62%. No que tange às intenções de voto, ele aparece atrás de Luiz Inácio Lula da Silva (PT): 43% a 25%.
A agenda de Flávio Bolsonaro em Minas Gerais foi com o secretário de Estado de Governo, Igor Eto, responsável por liderar as articulações eleitorais do poder Executivo. Zema participou de parte do bate-papo.
Mesmo em meio à tentativa nacional de unir Bolsonaro e Zema, interlocutores ligados ao governo não acreditam que o desfecho da situação vai impactar nos rumos do PL em Minas Gerais. Líderes do partido admitem a possibilidade de compor formalmente a coligação que vai sustentar a campanha à reeleição do governador. O deputado estadual Léo Portela, integrante da agremiação liberal, já defendeu abertamente uma eventual coligação ao Novo no estado.
Em novembro do ano passado, a dupla esteve junta nos Emirados Árabes Unidos (EAU), no Oriente Médio. À época, o presidente da República utilizou a metáfora matrimonial - a preferida dele - para explicar a relação com o político do Novo.
"É o governador de um estado importante do Brasil. Falamos a mesma linguagem. Temos interesses em comum: ele, pelo seu Estado; eu, pelo Brasil. É um casamento, praticamente. É um aliado para o Brasil. O Zema é importante para o quadro da política nacional", pontuou, à "Rádio Itatiaia".
Há alguns dias, a deputada federal Bia Kicis (PSL-DF), uma das mais engajadas aliadas de Bolsonaro, resgatou elogio feito por Zema a ele em novembro de 2019. À ocasião, o governador afirmou que o presidente é "patriota e uma pessoa íntegra".
Em que pese algumas falas favoráveis ao presidente, Zema teceu críticas recentes. No início deste mês, por exemplo, afirmou que o líder do governo federal "acabou deixando de lado" as reformas estruturantes, como as modificações Tributária e Administrativa. Ele chegou a assinalar que, por não concretizar as alterações, o país está "ficando para trás", acrescentando que "a maior parte dos brasileiros" esperavam avanços na área.
Mesmo com as naturais dificuldades, Zema tem sinalizado que dará abrigo ao correligionário. "Meu apoio é para o pré-candidato do Novo, Felipe d'Ávila. Darei meu apoio a ele na época da campanha, porque, por ora, meu foco é continuar ao lado dos mineiros", disse ele, ao EM, em dezembro.
O pré-candidato, por sua vez, confia na lealdade do mineiro. "Conversei com o governador Zema, que sempre reiterou seu espírito partidário, e que vai apoiar minha candidatura", falou, no fim do ano passado, também ao EM.
O Podemos, partido componente da base aliada ao governador em Minas Gerais, também chegou a vislumbrar conseguir o apoio de Zema. O partido tem o ex-juiz Sergio Moro como pré-candidato ao Planalto. Eles chegaram a conversar na Cidade Administrativa em novembro último.
Segundo apurou o Estado de Minas junto a fontes ligadas ao Palácio Tiradentes, Zema adotou tom cordial ao tratar do tema com Flávio Bolsonaro. Ele esteve no encontro ao lado do deputado federal Marcelo Alvaro Antonio (PSL-MG), ex-ministro do Turismo, que tenta emplacar uma candidatura ao Senado.
O entorno do presidente da República busca um palanque para fortalecer, em Minas Gerais, a campanha à reeleição. Entre aliados de Zema, porém, a avaliação é que o governador não terá ganhos diretos caso se una explicitamente a Bolsonaro.
Ontem, por exemplo, a pesquisa XP/Ipespe apontou o presidente na liderança do ranking de rejeição, com 62%. No que tange às intenções de voto, ele aparece atrás de Luiz Inácio Lula da Silva (PT): 43% a 25%.
A agenda de Flávio Bolsonaro em Minas Gerais foi com o secretário de Estado de Governo, Igor Eto, responsável por liderar as articulações eleitorais do poder Executivo. Zema participou de parte do bate-papo.
Mesmo em meio à tentativa nacional de unir Bolsonaro e Zema, interlocutores ligados ao governo não acreditam que o desfecho da situação vai impactar nos rumos do PL em Minas Gerais. Líderes do partido admitem a possibilidade de compor formalmente a coligação que vai sustentar a campanha à reeleição do governador. O deputado estadual Léo Portela, integrante da agremiação liberal, já defendeu abertamente uma eventual coligação ao Novo no estado.
Presidente afaga Zema e já falou até em 'casamento'
Bolsonaro tem acenado a Zema com declarações elogiosas. Em janeiro, por exemplo, projetou que o governador "deve ser reeleito tranquilo". Houve, também, elogios pela sanção ao Projeto de Lei (PL) do deputado estadual bolsonarista Bruno Engler (PRTB) que congela o Imposto sobre Veículos Automotores (IPVA) a níveis pré-pandemia.Em novembro do ano passado, a dupla esteve junta nos Emirados Árabes Unidos (EAU), no Oriente Médio. À época, o presidente da República utilizou a metáfora matrimonial - a preferida dele - para explicar a relação com o político do Novo.
"É o governador de um estado importante do Brasil. Falamos a mesma linguagem. Temos interesses em comum: ele, pelo seu Estado; eu, pelo Brasil. É um casamento, praticamente. É um aliado para o Brasil. O Zema é importante para o quadro da política nacional", pontuou, à "Rádio Itatiaia".
Há alguns dias, a deputada federal Bia Kicis (PSL-DF), uma das mais engajadas aliadas de Bolsonaro, resgatou elogio feito por Zema a ele em novembro de 2019. À ocasião, o governador afirmou que o presidente é "patriota e uma pessoa íntegra".
Em que pese algumas falas favoráveis ao presidente, Zema teceu críticas recentes. No início deste mês, por exemplo, afirmou que o líder do governo federal "acabou deixando de lado" as reformas estruturantes, como as modificações Tributária e Administrativa. Ele chegou a assinalar que, por não concretizar as alterações, o país está "ficando para trás", acrescentando que "a maior parte dos brasileiros" esperavam avanços na área.
Novo conta com Zema para emplacar d'Ávila
Felipe d'Ávila figura em meio à profusão de pré-candidaturas que buscam vencer a disputa pelo rótulo de terceira via. Ele não conseguiu pontuar no último levantamento XP/Ipespe.Mesmo com as naturais dificuldades, Zema tem sinalizado que dará abrigo ao correligionário. "Meu apoio é para o pré-candidato do Novo, Felipe d'Ávila. Darei meu apoio a ele na época da campanha, porque, por ora, meu foco é continuar ao lado dos mineiros", disse ele, ao EM, em dezembro.
O pré-candidato, por sua vez, confia na lealdade do mineiro. "Conversei com o governador Zema, que sempre reiterou seu espírito partidário, e que vai apoiar minha candidatura", falou, no fim do ano passado, também ao EM.
O Podemos, partido componente da base aliada ao governador em Minas Gerais, também chegou a vislumbrar conseguir o apoio de Zema. O partido tem o ex-juiz Sergio Moro como pré-candidato ao Planalto. Eles chegaram a conversar na Cidade Administrativa em novembro último.