O presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou ontem que trabalha junto à Petrobras para reduzir o valor dos combustíveis "de forma legal". Ainda assim, o chefe do Executivo voltou a negar que vá interferir na política de preços da estatal.
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Bolsonaro detalha pauta de viagem à Rússia: 'Energia, defesa e agricultura'Narrativa nazista contamina discurso político no país''Não há governo pior do que este'', diz Simone Tebet, pré-candidata do MDBO salto no preço dos combustíveis tem impactado a inflação e, consequentemente, a popularidade do governo em ano eleitoral. Presidente costuma criticar a política de preços da Petrobras, que atrela o reajuste dos combustíveis à cotação do petróleo no mercado internacional.
Apesar de relatar tratativas com o presidente da Petrobras, Joaquim Silva e Luna, Bolsonaro, mais uma vez, negou interferência na empresa. "Não podemos ser irresponsáveis. A gente não pode interferir no preço do combustível. Essa foi a política adotada pelo PT lá atrás. A Petrobras está trabalhando muito bem", seguiu o presidente.
Na quarta-feira, em discurso marcado por palavrões voltados a governos anteriores, em visita à Barragem de Oiticica, em Jucurutu (RN), Bolsonaro prometeu empenho contra a alta dos preços e reiterou críticas indiretas ao Supremo Tribunal Federal (STF). "No corrente ano, vamos nos empenhar para baixar a inflação e também conseguir mais empregos", disse o chefe do Executivo, sem citar os dados atuais, mas reconhecendo o salto no valor dos combustíveis, um dos motivos da perda de popularidade do presidente, que tenta a reeleição.