Quatro anos após levar uma facada durante ato de campanha, em Juiz de Fora, na Zona da Mata mineira, e a poucos meses do início oficial da campanha eleitoral de 2022, o presidente Jair Bolsonaro (PL) retomou o assunto ao compartilhar um vídeo de sua recuperação pós-cirurgia.
A gravação foi publicada em seu perfil no Twitter, nesta segunda-feira (14/2). “Não me lembrava de ter falado após acordar da 1ª cirurgia na Santa Casa de Juiz de Fora/MG, e nem sabia que esse vídeo existia”, escreveu.
As imagens, embora Bolsonaro afirme não se lembrar, não são inéditas e foram publicadas pela primeira vez no dia seguinte ao ataque, em 7 de setembro de 2018. O vídeo foi gravado pelo Senador Magno Malta e divulgada pelo site O Antagonista.
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O assunto rapidamente se tornou um dos mais comentados da rede social e o debate sobre a veracidade da facada voltou aos holofotes da internet. No Twitter, a trend “fakeada” impulsionou ainda mais o tema durante a manhã. O termo é uma referência a palavra “fake” (falso, em inglês).
“Todos nós temos uma missão aqui na terra, e essa missão será cumprida por mim, até o momento Deus quis assim”, disse o presidente na gravação.
Bolsonaro lamentou, ainda, a ausência nas comemorações do 7 de setembro de 2018. O ataque ocorreu nas vésperas do feriado nacional: "Infelizmente, não poderei comparecer, amanhã, mas estamos com o coração imenso. Sempre tendo o Brasil acima de tudo e Deus acima de todos”.
"Nunca fiz mal a ninguém. O que acontece na minha vida, desde que eu nasci, é uma chuva de pedras”, completou o presidente.
Bolsonaro lamentou, ainda, a ausência nas comemorações do 7 de setembro de 2018. O ataque ocorreu nas vésperas do feriado nacional: "Infelizmente, não poderei comparecer, amanhã, mas estamos com o coração imenso. Sempre tendo o Brasil acima de tudo e Deus acima de todos”.
"Nunca fiz mal a ninguém. O que acontece na minha vida, desde que eu nasci, é uma chuva de pedras”, completou o presidente.
Polarização
A facada levada por Bolsonaro rende teorias, seja entre a esquerda ou direita. Enquanto a base bolsonarista se empenha em não deixar o assunto ser esquecido, a oposição defende que a insistência no tema se trata de uma estratégia eleitoral.
No Twitter, o deputado federal Paulo Pimenta (PT/RS), líder da Bancada do partido em 2018 e 2019, definiu a publicação de Bolsonaro como “desespero”.
“O desespero de Bolsonaro é tanto que está tentando aplicar uma espécie de Plano Cohen Tabajara. Ele ressuscita a Fakeada para tentar um último suspiro diante da derrota iminente”, escreveu o deputado. "A verdade é que o miliciano é o pior presidente da história do Brasil", completou.
Investigação
O inquérito que investiga o caso foi reaberto pela Polícia Federal (PF) em novembro do último ano. A apuração foi retomada após o sinal verde do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1), em Brasília.
Até o momento, os dois primeiros inquéritos concluíram que o autor do ataque, Adélio Bispo de Oliveira, agiu sozinho e sem mandantes.