Apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) estão comparando a visita do presidente brasileiro à Rússia com a visita feita pelo presidente francês, Emmanuel Macron. Diferentemente do chefe de estado da França, Bolsonaro sentou-se ao lado do presidente russo Vladimir Putin durante encontro.
A aproximação de Bolsonaro foi permitida porque o presidente brasileiro se submeteu a testes de COVID-19 e a todas as outras medidas sanitárias exigidas pelo governo russo para o encontro com Putin.
Já Macron decidiu não fazer um teste de COVID antes de visitar o mandatário russo para não ceder material genético a Moscou.
Ao francês foi oferecido pelo Kremlin duas opções: a realização de um teste do tipo PCR feito pelas autoridades russas e a permissão para se aproximar de Putin; ou a recusa do teste, com a condição de cumprir normas de distanciamento social mais rigorosas.
Para o encontro, Bolsonaro precisou fazer 5 testes de COVID. Mais cedo, nesta quarta-feira (16/2), ele confirmou os procedimentos. "Eu me submeti a tudo que foi acordado no Brasil. Nada do que aconteceu aqui foi diferente do acordado”, afirmou o presidente brasileiro, demonstrando irritação com a pergunta de jornalistas sobre o assunto.
De acordo com a agência Reuters, Macron foi sim testado contra COVID, mas o teste feito na França não era compatível com a exigência do Kremlin.