O ministro Luís Roberto Barroso, ex-presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), destacou a discussão acerca do voto impresso durante discurso feito na cerimônia de despedida da presidência do TSE, nesta quinta-feira (17/2).
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"Boa parte do ano de 2021 foi gasto com uma discussão desnecessária, que significaria um retrocesso, a volta do voto impresso. O sistema é seguro, transparente e auditável", afirmou.
Para Barroso, "felizmente" a Câmara rejeitou a proposta do voto impresso, considerada pelo presidente do TSE um "retrocesso". "A rediscussão requentada do assunto só tem por finalidade tumultuar o processo eleitoral", disse.
Ainda de acordo com Barroso, a revolução tecnológica permitiu que qualquer pessoa pudesse expressar ideias, opiniões e disseminar notícias em um mundo digital. Por isso, ele ressaltou que o combate e a verificação de dados se tornaram algo essencial no século XXI.
"O TSE montou uma estratégia de guerra para combater a desinformação na campanha de 2020. E nunca precisamos tanto do jornalismo profissional. A imprensa profissional é um dos antídotos contra esse mundo da pós-verdade e dos fatos alternativos, disfarces para mentiras e as notícias fraudulentas", acrescentou.
Em meio à polarização política, Barroso ainda defendeu a liberdade dos brasileiros. "A liberdade de expressão é muito importante e precisa ser protegida, inclusive contra os que a utilizam para destruí-la juntamente com a destruição da democracia. O ódio, a mentira e as ameaças não são protegidas pela liberdade de expressão porque se destinam a silenciar a expressão dos outros", declarou Barroso.