Candidato à reeleição, Romeu Zema (Novo) tem 46,8% das intenções de voto na disputa pelo governo de Minas Gerais. Tido como possível oponente dele, o prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD), soma 17,4%. Os números compõem pesquisa encomendada pelo Estado de Minas à F5 Atualiza Dados. O levantamento foi divulgado neste domingo (20/2).
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Com indecisos, Cleitinho e Reginaldo lideram pesquisa para Senado em MGEM e F5 farão cinco pesquisas eleitorais até as vésperas das eleiçõesMoro sobre candidatura à Presidência: 'Vou até o fim'Pesquisa: governo Zema tem aprovação de 41% dos mineirosPesquisa: Lula lidera em Minas e é seguido de perto por BolsonaroZema e Lula lideram pesquisas, mas indecisos podem mudar cenário em MinasOs índices são do cenário estimulado, em que os eleitores opinam sobre uma lista de potenciais candidatos apresentada pelos pesquisadores. Indecisos são 13,6%. Nove e meio por cento dos participantes afirmaram ter pretensão de votar nulo ou em branco; 1,7% optaram por não responder.
Na sondagem espontânea, em que os cidadãos podem opinar livremente sobre o político preferido para ocupar o governo, Zema recebeu 21,4% das menções, ante 3,8% de Kalil.
Nesse levantamento, Janones aparece com 1,4%. Carlos Viana também foi citado, mas não chegou a 1%. O presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (PSD), e os deputados federais Aécio Neves (PSDB) e Áurea Carolina (PSOL) também não atingiram um ponto.
Chama a atenção, porém, o número de indecisos na pesquisa espontânea: 49,4%. Eles se somam aos 10,5% que não quiseram responder e aos 12,5% que manifestaram, de cara, a intenção de anular o voto.
Polarização deve dar o tom em Minas Gerais
Para construir o levantamento, a F5 dividiu o estado em 13 regiões. Moradores de todas elas estão representados na pesquisa, conforme o tamanho e a importância das áreas. O diretor-executivo do instituto, Domilson Coelho, diz que os números reforçam o bom desempenho de Kalil na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH) e o predomínio de Zema interior afora.
Segundo ele, a polarização entre o político do Novo e o pessedista parece consolidada. “Não vejo espaço para uma terceira via. Não há mais tempo para isso. O tempo passou, mas não surgiu um nome que consiga desfazer a polarização”, pontua ele, graduado em Administração Pública pela Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP) e pós-graduado em Ciência Política.
Para Domilson, Kalil pode buscar os votos dos indecisos e dos que, neste momento, não têm candidato — na cena espontânea, os eleitores em dúvida, que pretendem anular ou que não responderam são, juntos, quase 25% do total de entrevistados. O especialista crê que uma eventual aproximação do prefeito belo-horizontino a Luiz Inácio Lula da Silva, pré-candidato do PT à presidência da República, deve ajudar.
“Ninguém colocou o carro na rua. As articulações ainda são internas, nos bastidores. Tem muita coisa para acontecer”, ressalta.
A pesquisa
A primeira sondagem eleitoral feita por F5/EM em 2022 coletou opiniões de 1.560 eleitores entre os dias 14 e 17 deste mês. As entrevistas foram feitas por telefone. O nível de confiança dos resultados obtidos é de 95%. A margem de erro é de 2,5%, para mais ou para menos.
O levantamento está registrado no Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais (TRE-MG) sob o número MG-08290/2022.