À medida que avançam as pré-campanhas à Presidência da República, equipes e candidatos traçam as estratégias para abocanhar o eixo eleitoral composto por São Paulo (33,5 milhões de eleitores), Minas Gerais (15 milhões) e Rio de Janeiro (12,5 milhões).
Juntos, esses estados somam 61 milhões de pessoas, ou 41,2% do total de votos em um pleito nacional, segundo os dados dos tribunais regionais eleitorais (TREs) dos estados e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de 2020.
Quem não vencer nesse triângulo, dificilmente ganhará a corrida presidencial. De acordo com Rodolfo Tamanaha, professor de ciência política do Ibmec de Brasília, por ser o Sudeste a região mais rica do país, tem uma relevância eleitoral igualmente maior. Para aqueles que almejam a cadeira no Palácio do Planalto, o impacto desse palanque é crucial.
Tamanaha destacou que para além do Sudeste, o presidente Jair Bolsonaro também busca aproximação com o Nordeste, região conhecida pela influência petista. "Bolsonaro arrisca. Sul e Sudeste são suas bases eleitorais mais fortes. Percebemos, hoje, que ele não pode abrir mão de buscar votos em regiões que não são aderentes à sua figura. Mas devido às peculiaridades da região, o eleitor do Nordeste provavelmente vai eleger aquele que consiga trazer à sua vida um poder de consumo maior", explicou.
Leandro Consentino, cientista político do Insper, concorda com a importância do Nordeste, apesar de o Sudeste apresentar números maiores. "É o segundo em peso eleitoral (em torno de 34 milhões), então também recebe uma atenção importante", observou.