Nesta terça-feira (22/2), o presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a criticar a prática de aborto. Pelo Twitter, ele lamentou a decisão da Colômbia de descriminalizar o ato até a 24ª semana de gestação. No entanto, as redes sociais resgataram um momento em que o chefe do Executivo já se pronunciou a favor da interrompimento da gravidez como uma decisão que caberia ao casal.
Leia Mais
Damares diz que Bolsonaro é o 'homem mais rosa da história'Aos 90 anos, ex-deputado e governador Paulo Maluf é internado com COVID-19Férias de Bolsonaro em Santa Catarina custaram quase R$ 900 milLula ataca privatização da Eletrobras: 'Só beneficia os mais ricos'Assembleia de Alagoas aprova meia-entrada para advogadosExaltado, Bolsonaro fala sobre Lula a empresários: querem o comunismo?É falso que apresentador americano riu de pesquisa eleitoral do BrasilParlamento da Ucrânia aprova estado de emergência nacionalBolsonaro, até mesmo, afirmou que tinha sugerido à sua ex-esposa, Ana Cristina Valle, que interrompesse a gestação de Jair Renan, o quarto filho do presidente.
As declarações foram dadas em uma entrevista a revista IstoÉ Gente, em 2000, quando Bolsonaro era deputado federal pelo Rio de Janeiro. "Tem de ser uma decisão do casal", disse. Questionado se já tinha vivido essa situação, ele respondeu que sim. "Já. Passei para a companheira. E a decisão dela foi manter", disse apontando para a foto de Jair Renan, que na época tinha pouco mais de um ano.
Nesta terça, Bolsonaro disse que agora as crianças, na Colômbia, estão "sujeitas a serem ceifadas com anuência do Estado no ventre de suas mães até o 6° mês de gestação, sem a menor chance de defesa. No que depender de mim, lutarei até o fim para proteger a vida de nossas crianças", disse.
Durante a campanha presidencial em 2018, Bolsonaro foi questionado sobre o tema e negou ter dado a entrevista.
O aborto até a 24ª semana de gestação foi descriminalizado na Colômbia nesta segunda-feira (21/2). Antes, o ato era punível com até quatro anos e meio de prisão no país, embora desde 2006 a interrupção voluntária da gravidez fosse permitida por três causas: estupro, malformação do feto ou risco à saúde da mãe, sem limite de tempo.