O presidente Jair Bolsonaro (PL) explicou a ida do filho, o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), na comitiva presidencial da viagem à Rússia, na semana passada. O comentário foi feito durante a live semanal de Bolsonaro no Youtube, na noite desta quinta-feira (24/2).
“Eu levei o meu Carlos para a Rússia. Ele me ajuda bastante nas redes sociais, faz um trabalho muito bom. É um trabalho em conjunto, eu não tenho como fazer esse trabalho. Preciso de alguém para fazer esse trabalho comigo. Faz um trabalho excepcional, por isso a perseguição em cima dele. Por isso a invenção do gabinete do ódio.”
Bolsonaro ainda desafiou alguém a mostrar uma matéria que esteja relacionada ao chamado gabinete do ódio.
“Não tem. Rotularam, criaram uma narrativa para tentar desacreditar nossas mídias sociais”, disse o presidente.
Segundo Bolsonaro, a ida do filho “02” à Rússia não teve custos para o país. “Esses hotéis que eu fico são quase todos cortesia do país que nós visitamos.”
Investigação
Nessa quarta-feira (23/2), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, enviou à Procuradoria-Geral da República (PGR) um pedido de investigação sobre a presença do vereador Carlos Bolsonaro e do assessor Tercio Arnaud na comitiva da viagem de Bolsonaro à Rússia.
A decisão de Moraes atende a uma solicitação do senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP). O pedido do parlamentar foi apresentado no âmbito do inquérito que investiga a atuação de uma milícia digital, voltada para ataques ao sistema democrático e às instituições brasileiras.
* Estágiária sob supervisão da subeditora Ellen Cristie.