Integrantes da ala política do Palácio do Planalto afirmam que militares do primeiro escalão aconselharam o presidente Jair Bolsonaro a ficar do lado do líder russo Vladimir Putin, que ordenou os ataques à Ucrânia.
Os fardados, que se apresentam como bons estrategistas, asseguraram a Bolsonaro que o Brasil tinha muito mais a ganhar se não comprasse briga com a Rússia.
Agora, diz a ala política do governo, Bolsonaro está em uma grande enrascada, pois se espalhou como rastilho de pólvora a visão de que o Brasil escolheu o lado errado da história.
O principal líder do país endossou um ditador sanguinário, que mata, sem dó, crianças, mulheres, idosos. Será muito difícil para Bolsonaro se descolar dessa imagem.
Os mesmos políticos dizem que viram um fato preocupante neste carnaval. Bolsonaro saiu para passear de moto por Guarujá, onde está curtindo a folia, e foi vaiado com força em vários trechos. Esse é o sinal mais imediato de que a guerra entrou na cabeça dos eleitores e que muitos não perdoam o presidente.
Resta saber, segundo a ala política do Planalto, se Bolsonaro vai cobrar os militares que endossaram o discurso de que a proximidade com Putin em tempos de guerra era um bom negócio.
Dizem esses políticos que a lista de fardados começa pelo ministro da Defesa, Braga Netto, e passa pelo ministro da secretaria-geral da Presidência, Luiz Eduardo Ramos.