Se os últimos dias podem ter sido de descanso e folga para os deputados estaduais durante o carnaval, os próximos podem ser de muita complicação e dores de cabeça. Isso porque os trabalhos na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) vão voltar já com um assunto espinhoso e que pautou a última semana: a greve da segurança pública no estado, anunciada na segunda-feira (21/02) da semana passada. A categoria busca uma recomposição salarial acordada em 2019 de 41% e que, segundo a classe, não foi cumprida integralmente.
Leia Mais
Zema pede que forças de segurança voltem ao trabalho após anúncioPor votação de reajuste, governo Zema vai suspender Recuperação FiscalForças de segurança de MG protestam contra Zema na Cidade AdministrativaReajuste de servidores entra na pauta da Assembleia depois do recessoKalil sobre Eduardo Bolsonaro: 'não respondo deputado que não é de Minas' Deputados têm um mês para mudar de partido; em MG, bolsonaristas vão ao PLDilma vira meme ao tentar explicar guerra na Ucrânia; veja vídeoA pauta da Assembleia de Minas estava travada por conta do Regime de Recuperação Fiscal (RFF), que tramitava em urgência e ainda não foi votado por conta de desentendimentos entre deputados e governo. O Executivo, contudo, terá que retirar o caráter de urgência deste projeto - tido pelo Governo de Minas como uma das soluções para tentar abater dívidas envolvendo o Estado e a União, que giram em torno de R$ 140 bilhões.
" é para que o projeto da recomposição salarial possa ser votado o mais breve possível e para que a gente crie espaço de negociação não só para a aprovação da recomposição salarial, mas também criar espaço para negociar projetos que visem à sustentabilidade fiscal de Minas", disse o secretário de Estado de Governo, Igor Eto, ao anunciar a oferta de aumento salarial, na quinta.
Depois do recesso carnavalesco, as reuniões voltam a acontecer na Assembleia nesta quinta-feira (3). A expectativa é de algumas semanas buscando um entendimento entre as classes para votação deste projeto. Posteriormente, o RFF deve voltar à tona.
"Não basta simplesmente dar reajuste e benefícios aos servidores. Temos condição de caixa para o pagamento, mas precisamos, a longo prazo, de forma sustentável, conseguir fazer e honrar o pagamento dos salários", disse Eto.