Se você acompanha futebol, certamente já ouviu falar na janela de transferências. É aquele período em que clubes e jogadores podem negociar saídas e chegadas de uma equipe. Na política brasileira, há um mecanismo similar: a janela partidária. Em 2022, o período começa nesta quinta-feira (3/3) e vai até 1° de abril. Durante este mês, parlamentares estaduais e federais podem mudar de legenda sem correr o risco de perder os mandatos que exercem.
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Na Assembleia Legislativa, o partido deve receber alguns nomes, como Coronel Sandro (PSL). Bruno Engler, do PRTB, é dado como certo na agremiação.
A janela partidária foi instituída em 2015. É uma saída para evitar que parlamentares percam o mandato por infidelidade às siglas que os abrigam. Neste ano, só os deputados poderão utilizar o mecanismo, porque estão na reta final de seus mandatos. Em 2024, haverá a janela destinada aos vereadores.
Eleito sob as mesmas bandeiras que levaram Bolsonaro à vitória em 2018, Junio Amaral escolheu o PL por "coerência" na busca pela reeleição. "É o partido que abriu as portas para o presidente", disse, ao explicar porque optou pela troca.
Apesar das chegadas ao PL em todo o território nacional, há quem percorra a mão inversa. O deputado federal Marcelo Ramos (AM), 1° vice-presidente da Câmara, está apalavrado com o PSD.
"O meu estado é diferenciado. Tem um quociente de 230 mil votos para nove candidatos, o que não é nada fácil de ser atingido. Assim, qualquer decisão tem a ver com o projeto político, mas tem a ver também com a possibilidade eleitoral", pontuou.
Em que pese a janela de trocas, é possível se transferir de um partido a outro em tempos "normais". A mudança, no entanto, precisa ser justificada por motivos como grave discriminação pessoal, desvio das ideias programáticas ou fusão de agremiações.