Setenta e três por cento dos habitantes de Belo Horizonte aprovam a administração do prefeito Alexandre Kalil (PSD). É o que aponta levantamento do Instituto Opus, divulgado com exclusividade pelo Estado de Minas. Paralelamente, 21% desaprovam a gestão municipal. A pesquisa registrou 6% de abstenção. Já a gestão do governador Romeu Zema (Novo) em Minas Gerais é aprovada por 55% e reprovada por 35% dos moradores da capital.
A administração do presidente Jair Bolsonaro (PL) é reprovada por 59%, enquanto 36% a aprovam. A pesquisa ouviu 400 pessoas presencialmente, entre 2 e 3 de março, nas nove regionais de Belo Horizonte, respeitando o número de habitantes de cada localidade. A margem de erro é de 5% para mais ou para menos; o nível de confiança está em 95%.
A administração do presidente Jair Bolsonaro (PL) é reprovada por 59%, enquanto 36% a aprovam. A pesquisa ouviu 400 pessoas presencialmente, entre 2 e 3 de março, nas nove regionais de Belo Horizonte, respeitando o número de habitantes de cada localidade. A margem de erro é de 5% para mais ou para menos; o nível de confiança está em 95%.
O índice de aprovação de Alexandre Kalil é semelhante ao visto em novembro: à época, o instituto apurou que 74% dos belo-horizontinos estavam satisfeitos com Kalil. "Isso mostra que a gestão do atual prefeito é sólida, estável, e agrada a grande maioria dos eleitores", avalia o diretor do Opus, Matheus Dias.
Os 73% apontados na pesquisa deste mês são a junção dos porcentuais de pessoas que consideram a gestão ótima, boa, ou regular positiva. Para 15%, o mandato de Kalil é ótimo; outros 43% o consideram bom. Avaliações regulares positivas são 15%. Entre os 21% que reprovam, 8% consideram a gestão da PBH péssima, 4% acham ruim e 10% regular, mas sob prisma negativo.
CHUVA
Os pesquisadores perguntaram aos entrevistados sobre a postura de Alexandre Kalil diante das chuvas que assolaram Belo Horizonte no início deste ano, sobretudo em janeiro. Aprovaram a condução da crise 59%, enquanto 26% reprovaram e 15% se abstiveram. Kalil pode estar na reta final de seu período à frente do Executivo da capital mineira. Isso porque ele é cotado para enfrentar o governador Romeu Zema na disputa pelo Palácio Tiradentes, em outubro. Dirigentes do PSD têm afirmado reiteradamente que o prefeito é o nome natural do partido na disputa e, por isso, terá autonomia para conduzir a campanha.
Na visão de Matheus Dias, os bons índices obtidos por Kalil em BH favorecem sua eventual campanha. Apesar disso, ainda há lacunas. "É uma aprovação apenas na capital. Precisamos entender o nível de conhecimento que o prefeito possui no interior do estado e naquelas regiões mais distantes de BH. Isso, sim, de fato vai ser determinante para a viabilidade do projeto político na eleição deste ano", salienta.
ZEMA
A pesquisa Opus avaliou também o desempenho do governador Romeu Zema. Sua gestão é aprovada por 55% dos belo-horizontinos e reprovada por 35%. Para 8% dos moradores da capital, a administração de Zema é ótima, enquanto é boa para 32%. Segundo 15%, a administração é regular positiva. Somados, os três porcentuais somam os 55% que aprovam o governo. Na opinião de 15%, a gestão de Zema é péssima. Avaliações ruins são 6%; regulares negativas, 14%. Juntos, os índices compõem os 35% de desaprovação.
O diretor da Opus diz que o índice de aprovação de Zema, embora 18 pontos inferior ao obtido pelo prefeito Alexandre Kalil, é "robusto". Segundo ele, a diferença entre os mandatários, prováveis rivais na disputa pelo Palácio Tiradentes, ocorre porque Kalil está intrinsecamente ligado à população da capital. "Com certeza, o prefeito é muito mais presente na vida dos belo-horizontinos do que o governador Zema, que tem de viajar por todas as regiões do estado e resolver problemas que, muitas vezes, estão distantes da capital", avalia.
BOLSONARO
O presidente Jair Bolsonaro (PL) tem sua gestão reprovada por 59% dos moradores de Belo Horizonte. Em que pese a insatisfação da maioria da população, 36% dos habitantes da capital aprovam a administração federal. Já 5% se abstiveram de opinar. Para 40% dos entrevistados, o mandato de Bolsonaro é péssimo. Enquanto isso, 11% classificam a administração como ruim. Avaliações regulares, mas negativas, são 8%. Somados, os percentuais constituem os 59% que reprovam a conduta presidencial. Em paralelo, há um grupo de 11% que considera ótima a gestão de Bolsonaro. Para outros 19%, o presidente faz bom governo. Aliados aos 6% de avaliações regulares, mas positivas, os índices dão forma aos 36% de belo-horizontinos que aprovam o presidente.
Para Matheus Dias, Bolsonaro precisará dedicar atenção especial aos eleitores do estado para se credenciar a mais quatro anos no Palácio do Planalto. "A jornada de Bolsonaro na capital mineira vai ser muito complexa. Caso ele queira ter bom desempenho na eleição de outubro, terá que olhar com mais carinho para os mineiros – especialmente à população de Belo Horizonte", afirma o diretor do Opus.
Entre as mulheres da capital, o índice de insatisfação com Bolsonaro é de 65%; no que tange aos homens, há diminuição para 53%. Os jovens de 16 a 24 anos, por sua vez, dão 75% de desaprovação – enquanto isso, evangélicos, onde o presidente da República tem boa penetração eleitoral, contribuem com 49% de aprovação, de acordo com o levantamento.
Insatisfação com carnaval
A pesquisa do Instituto Opus, feita a pedido do Estado de Minas, também avaliou os eventos de carnaval em Belo Horizonte e indicou que 54% dos entrevistados ficaram contrariados com comemorações particulares e ao ar livre ocorridos na cidade. Segundo o levantamento, 23% dos habitantes da capital foram favoráveis apenas às festas particulares; outros 18% demonstraram simpatia aos convescotes pagos, mas também à folia nas ruas. Houve 5% de abstenção. Não houve apoio financeiro da Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) aos blocos que tradicionalmente desfilam no período momesco. O poder público também não chegou a vetar expressamente as aglomerações de rua. Em meio às festas em bairros como Floresta, na Região Leste, e Lagoinha, nas proximidades do Centro, houve uma profusão de eventos privados para "compensar" a ausência da folia organizada.
Para 54% dos entrevistados, a preferência dada aos eventos privados reduziu as opções de lazer das famílias de menor renda. Trinta e oito por cento discordaram da percepção – outros 8% não responderam à questão. O Opus questionou os participantes, também, sobre o cumprimento de medidas de precaução contra a COVID-19 em eventos privados. Na visão de 68%, não houve preocupação com a pandemia nas festas particulares; para 26%, no entanto, as ações de contenção do vírus foram levadas em conta. Seis por cento não responderam. "Mesmo sendo privado, onde teoricamente haveria controle maior, não existiu a percepção de que as medidas de proteção do coronavírus foram suficientes", aponta Matheus Dias, diretor do instituto responsável pelo levantamento.
TEMPORÃO
Já 61% dos entrevistados discordam da possibilidade de um carnaval fora de época em BH, quando os índices da pandemia estiverem em patamares satisfatórios. A eventual micareta é apoiada por 31%. Outros 8% ainda não têm opinião a respeito do assunto. O prefeito Alexandre Kalil (PSD) afirmou que o assunto será posto em pauta "com muita calma".