O presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), disse nesta terça-feira (8/3), em Belo Horizonte, que seu partido deve definir "em breve" os rumos a tomar na eleição nacional. Cotado para ser candidato à presidência da República, Pacheco garantiu que "nunca" afirmou que seria, de fato, postulante ao Palácio do Planalto.
O convite a Pacheco para disputar a eleição nacional foi feito por Gilberto Kassab, ex-prefeito de São Paulo e presidente nacional do PSD. A ideia foi sugerida quando o senador ainda era filiado ao DEM.
"Nunca afirmei uma candidatura à presidência da República. O PSD deseja ter candidatura própria. Recebi um convite do presidente do partido, da Executiva e dos parlamentares, para uma candidatura pelo PSD. É uma avaliação que ainda não foi feita plenamente por mim", explicou Pacheco, durante o Congresso Mineiro de Vereadores, no Expominas.
Parte dos pessedistas defende que, mesmo sem Pacheco, o partido apresente um nome para se opor à polarização entre Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL). O nome de Eduardo Leite (PSDB), governador gaúcho derrotado por João Doria nas prévias tucanas, passou a ser aventado.
Embora não tenha dado pistas sobre os rumos do PSD, Pacheco indicou que participará da decisão, mas garantiu foco na pauta legislativa.
"Em breve, o partido deve ter uma posição em relação a seu posicionamento nacional. Isso, naturalmente, me envolve. Certamente, farei parte dessa discussão. Mas, não necessariamente, como candidato".
Em novembro, quando participou da convenção nacional dos pessedistas, Pacheco assegurou que estará pronto, de "corpo, alma, mente e coração", para auxiliar a legenda na eleição de 2022
Eleição estadual na pauta do PSD
O presidente do Senado falou, ainda, sobre a possibilidade do correligionário Alexandre Kalil dividir palanque com Luiz Inácio Lula da Silva. O prefeito de Belo Horizonte é tido como potencial rival de Romeu Zema (Novo).
“Kalil é do PSD, pré-candidato ao governo do estado. É natural que tenha conversas próprias da política. Assim como há conversas com o Partido dos Trabalhadores, deve haver também com outros partidos. São os candidatos e os partidos locais que têm de fazer essas conversas políticas”, assinalou.
Kalil é ausência em conferência recheada de políticos
O prefeito era aguardado no Congresso de Vereadores, organizado pela Associação Mineira de Municípios (AMM) e apoiado pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae). Uma agenda no Anel Rodoviário, no entanto, inviabilizou a participação dele, que pouco depois do compromisso testou positivo para a COVID-19.
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Cerca de duas mil pessoas se inscreveram para participar da conferência. Bateram ponto nomes como Alexandre Silveira (PSD) e Carlos Viana (MDB), senadores da República. Deputados estaduais e federais também estiveram presentes.
A ideia, segundo a organização do evento, foi reunir o Legislativo e o Executivo dos 853 municípios mineiros para buscar conhecimento, trocar experiências e desenvolver uma melhor parceria entre os poderes.