O cantor e compositor Caetano Veloso entregou, na tarde desta quarta-feira (9/3), um documento assinado por artistas que pede ao Poder Legislativo "responsabilidade de impedir mudanças legislativas irreversíveis" contra projetos de lei que poderão corroborar com a destruição do meio ambiente, como facilitações para aumentar o desmatamento, o garimpo, o uso indiscriminado de agrotóxicos e que poderão enfraquecer a soberania de territórios indígenas do Brasil.
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Em meio a atos das forças de segurança, deputado bolsonarista vai para o PLALMG aprova projeto que regulamenta fila para cirurgia bariátrica em MinasArtistas vão ao STF pedir avanço de pautas do meio ambienteRodrigo Pacheco descarta concorrer à Presidência da RepúblicaNegrini alerta sobre Pacote da Destruição: "Sociedade tem que agir rápido"Como a Câmara de Nova Serrana reduziu conta de luz de R$ 7 mil para R$ 115Entenda o que é o Ato pela Terra e o que os artistas pedem"O Senado tem o poder e a responsabilidade de impedir mudanças legislativas irreversíveis", alertou Caetano no discurso que fez ao entregar o manifesto. O artista está em Brasília com outros cantores e ativistas como parte do movimento Ato pela Terra, organizado por ele, em frente ao Congresso Nacional.
"O país vive hoje, sua maior encruzilhada ambiental desde a democratização. O desmatamento na amazônia saiu do controle. As proteções sociais e ambientais construídas nos últimos 40 anos vêm sendo solapadas. A nossa credibilidade internacional está arrasada. O prejuízo é de todos nós. Uma serie de projetos de lei, ora em pauta neste Congresso Nacional", pontuou.
"O dia de hoje marca uma mobilização inédita, que une um número expressivo de artistas e mais de duas centenas de organizações da sociedade civil e movimentos sociais em torno da causa ambiental", declara.
De acordo com os artistas, essas são propostas que "trazem um retrocesso tão grande que talvez não poderá mais fazer com que o ambiente volte a ser o que era antes". "Se aprovadas, essas proposições podem facilitar o desmatamento, permitir o garimpo em terras indígenas e desproteger a floresta contra a grilagem e os criminosos", acrescenta.
Caetano lembra o resultado das ações para o meio ambiente: desastres ambientais. Recebido pelo presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), o cantor lembrou ao político sobre as tragédias que ocorreram no estado que Pacheco representa, Minas Gerais. “Como mineiro, o senhor sabe bem a quantidade de sofrimento humano provocado por tragédias climáticas e ambientais. Não nos esqueçamos de Mariana e Brumadinho onde a população até hoje chora seus mortos e suas perdas”, citou.
Em seguida, lembrou de outro desastres que atingiram a Bahia e o Rio de Janeiro. “Neste ano, a minha Bahia ficou debaixo d'água e o Rio de Janeiro, estado que me acolheu, ainda recolhe o destroço da catástrofe de Petrópolis”, lembrou.