Em busca de uma ampla coligação partidária para se eleger presidente da República na eleição deste ano, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse que o PT deveria ter 'maturidade' para abrir mão de candidatura própria ao governo de Minas e apoiar o virtual candidato ao governo do estado, o prefeito Alexandre Kalil (PSD).
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Decisão de Pacheco
Lula avaliou ainda que o senador Rodrigo Pacheco, apesar de nunca ter declarado de público que tinha a intenção de disputar a presidência da República, 'tomou a decisão certa' ao comunicar que não irá concorrer ao cargo este ano. Para Lula, Pacheco tem 'um papel importante' a desempenhar no Senado.Lula também sinalizou que as tratativas com o PSD de Kalil passam também pela candidatura do deputado federal Reginaldo Lopes ao Senado. O ex-presidente disse que o PT estaria fechado com a candidatura de Lopes.
Aliança com Alckmin
Lula também foi perguntado se não estaria sendo incoerente ao tentar firmar aliança com o PSB, futuro partido do ex-governador Geraldo Alckmin - cujo partido já anunciou que não participará da federação como PT.O PSB está próximo de filiar o ex-governador Geraldo Alckmin, que deixou o PSDB, adversário histórico dos petistas em disputas para o Palácio do Planalto - incluindo Alckmin, que disputou o cargo tendo Lula como adversário.
Lula disse que tem 'amizade histórica' com tucanos, citando o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e o senador José Serra. O pré-candidato do PT fez uma analogia para explicar a aventada incoerência. "Eu tive divergência com o meu irmão Frei Chico, que jogava em um time e eu em outro", destacou Lula ao lembrar do irmão biológico que o levou para a militância política.
"Se algum dia tivemos divergência (com o PSDB), tenho uma amizade histórica com o partido (para em seguida citar os caciques do tucanato)", afirmou Lula, que fez questão também de enfatizar que nenhum governador precisa temê-lo, nem gostar dele, ou estar próximo de partidos coligados ao PT.
Lula prometeu que a primeira reunião, que fará, caso seja eleito, será com todos os governadores eleitos para discutir as prioridades de cada estado, com especial atenção para a saúde e educação.