O deputado federal Aécio Neves (PSDB-SP) afirmou, nesta sexta-feira (11/3), que sua absolvição da denúncia de recebimento de R$ 2 milhões de propina comprova o que ele chamou de "farsa". Ele havia sido acusado de pedir dinheiro ao empresário Joesley Batista. A decisão favorável ao tucano foi publicada ontem pela Justiça Federal de São Paulo.
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A decisão também absolveu a irmã do político mineiro, Andrea Neves, o ex-assessor parlamentar Mendherson Souza Lima e o primo do deputado, Frederico Pacheco de Medeiros. O responsável por apresentar a denúncia, em 2017, foi Rodrigo Janot, então chefe da PGR.
"Sempre acreditei que a verdade, um dia, fosse prevalecer, mas precisei esperar cinco anos para que a Justiça me absolvesse, como fez agora, de todas as acusações", afirmou Aécio.
Segundo a decisão judicial, os áudios que basearam a peça da PGR comprovam a existência de negócios imobiliários legais feitos por Aécio e Joesley.
"Ao contrário do que diz a denúncia, no sentido de que havia um histórico de propina entre eles (verdade fosse, certamente haveria outras denúncias a respeito), o que realmente existia - demonstrou a instrução criminal - era um histórico de negócios lícitos, como a doação de campanha eleitoral no valor de 110 milhões de reais, compra de apartamento de 18 milhões de reais e pedido de empréstimo de 5 milhões de reais, conforme disse o próprio colaborador Joesley", lê-se em trecho da sentença.
Aécio é deputado federal desde 2019. Antes, foi senador da República por oito anos. De 2003 a 2010, governou Minas Gerais.
"Sou um homem público honrado. Há mais de 30 anos represento Minas Gerais nos mais diversos postos políticos. Continuarei a fazer isso com honra e dedicação", pontuou ele.
O advogado Fábio Tofic Simantob, do escritório Tofic Simantob, Perez e Ortiz, responsável pela defesa de Andrea, também celebrou a sentença.
"Ruiu o castelo de uma grande farsa, que alimentou o clamor público e fez muito mal à justiça".