Os deputados federais Josimar de Maranhãozinho (PL-MA), Pastor Gil (PL-MA) e Bosco Costa (PL-SE) foram alvo de mandados de busca e apreensão pela Polícia Federal (PF) em endereços ligados a deputados federais no Maranhão (MA) e Sergipe (SE), na manhã desta sexta-feira (11/3). Membros do partido do presidente Jair Bolsonaro e de Valdemar Costa Neto, parlamentares são investigados por supostos desvios de recursos de emendas a municípios do interior do Maranhão.
A operação foi autorizada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Ricardo Lewandowski. Foram realizadas buscas nas residências e locais de trabalho dos investigados. O ministro negou pedido para que fossem feitas buscas nos gabinetes dos parlamentares, na Câmara, em Brasília. A PGR recorreu e o Plenário do Supremo manteve a decisão em sessão virtual
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De acordo com a PF, o deputado destinou emendas parlamentares aos municípios do Maranhão, supostos redutos eleitorais de Maranhãozinho. Com as emendas aprovadas e os recursos repassados, os Fundos Municipais de Saúde firmaram contratos fictícios com empresas “de fachada” que pertencem ao político, mas que estariam em nome de 'laranjas', desviando, assim, o dinheiro público.
Ainda de acordo com a corporação, essas empresas realizavam saques e o dinheiro era entregue ao deputado, no seu escritório regional parlamentar em São Luís.
Reação
O deputado federal Josimar de Maranhãozinho se manifestou por meio de redes sociais. O parlamentar criticou o que chamou de "espetacularização" do caso, o que, de acordo com a postagem, teria sido orquestrado.
"Com muita serenidade, contribuo com toda e qualquer explicação e solicitação da Justiça, para que averiguem o que acharem necessário. Minha vida política, pública, é regada pelo trabalho, competência e seriedade. Minha resposta aos ataques está no livro de Isaías 54:17", escreveu.
O deputado federal Pastor Gil também se manifestou pelo Twitter para negar envolvimento em irregularidades.