O senador Alessandro Vieira (SE) anunciou neste sábado (12/3) a saída do Cidadania, partido que o abrigava desde 2019. Em setembro do ano passado, a legenda chegou a definir o parlamentar como pré-candidato à Presidência da República. Divergências com o ex-ministro Roberto Freire, líder nacional do Cidadania, no entanto, motivaram a desfiliação de Vieira.
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Ex-presidente FHC terá de passar por cirurgia, diz hospitalZema pede à ALMG que Recuperação Fiscal não tramite em regime de urgênciaSérgio Camargo vira réu por difamação e falsa acusação de racismoSegurança: Sargento Rodrigues diz que governo Zema 'não merece respeito'Vieira dava mostras de insatisfação com o Cidadania por causa da possibilidade da federação com o PSDB. Os tucanos têm João Doria, governador de São Paulo, como pré-candidato ao Palácio do Planalto.
Neste sábado, o Cidadania promoveu congresso virtual e bateu o martelo sobre a continuidade de Roberto Freire na presidência da agremiação. O senador de Sergipe, então, comunicou a saída.
A desfiliação de Vieira não foi a única perda do Cidadania, outrora chamado de PPS, por causa da simpatia do diretório nacional à coalizão com o PSDB. Na segunda (7), a senadora Leila Barros (DF) decidiu deixar a agremiação, porque quer concorrer ao governo local. Ela temia não poder participar da disputa pelo fato de os tucanos terem o também senador Izalci Lucas como pré-candidato.
Federação com tucanos também gera dissonâncias em Minas
A insatisfação de quadros do Cidadania com a possibilidade de se federar ao PSDB também encontra ecos em Minas. Ex-tucano, o deputado estadual João Vítor Xavier, presidente da sigla no estado, é contrário à ideia. "Isso (a federação) não agrega em nada para o Cidadania", chegou a dizer ele, ao Estado de Minas.As federações precisam ser oficializadas até 31 de maio. Partidos que optarem pelo modelo precisarão atuar em bloco por quatro anos. Na prática, os grupos que se formarem vão agir como legenda única.
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O Cidadania nasceu em 1992, como dissidência do Partido Comunista Brasileiro (PCB). Candidato comunista à presidência da República em 1989, Freire comanda o diretório nacional desde o surgimento da legenda.
Semana dá sinais ao bloco da 'terceira via'
Embora Alessandro Vieira não tenha oficializado a desistência da pré-candidatura à presidência, a semana teve outra "saída" do páreo. Isso porque o presidente do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), garantiu que não participará da contenda.Embora nunca tenha sido assertivo sobre a possibilidade de concorrer à sucessão de Jair Bolsonaro (PL), o senador tinha o aval do presidente pessedista, Gilberto Kassab, para entrar na corrida eleitoral.
"O cargo a mim confiado está acima de qualquer ambição eleitoral, meus compromissos são urgentes, inadiáveis e não compatíveis com vaidades", sentenciou Pacheco.