O deputado estadual Sargento Rodrigues (PTB), presidente da Comissão de Segurança Pública da Assembleia de Minas, voltou a subir o tom contra Romeu Zema neste sábado (12/3). O parlamentar disse que o governo "aplicou estelionato" nas tropas policiais, que reivindicam recomposição salarial das perdas inflacionárias nos termos de acordo firmado em 2019.
Segundo Rodrigues, o projeto de lei (PL) enviado por Zema para viabilizar reajuste de 10,06% a todo o funcionalismo público não será votado pelos deputados antes do dia 21. A data deve marcar o quarto ato público das tropas, que desde o mês passado agem conforme a estrita legalidade, cumprindo apenas com atividades expostas nos regimentos das categorias. A ideia é que o próximo protesto ocorra na Cidade Administrativa, em Belo Horizonte.
"A estrita legalidade vai continuar, porque este governo não merece respeito. O governo tratou a todos nós como moleques, mentiu, desafiou e aplicou estelionato em todos nós", disse, em transmissão nas redes sociais. A primeira proposta do governador previa reajuste de 10% com cláusula reatroativa a janeira válida apenas a profissionais da educação.
Zema enviou nova versão do projeto à Assembleia, oferecendo aumento retroativo também, a policiais e trabalhadores da saúde. O abono fardamento também foi ampliado e, agora, a ideia é que os agentes recebam o benefício em quatro parcelas anuais de R$ 2 mil.
As concessões, entretanto, ainda não satisfazem os agentes. Eles querem receber duas das três parcelas do acordo de reposição salarial de 2019. À época, Zema concordou em aumentar o salário deles em 13% em julho de 2020; depois, os soldos cresceriam mais 12% em setembro de 2021; em setembro deste ano, haveria novo reajuste, de mais 12%.
Apesar do pacto, as duas fatias de 12% foram vetadas pelo governador em março de 2020. À época, o projeto do reajuste das forças de segurança recebeu emenda que garantia a majoração dos vencimentos de todos os servidores. Por isso, Zema optou por barrar o mecanismo.
O projeto enviado à Assembleia sobre o reajuste de 10% precisa, segundo a Lei Geral das Eleições, ser votado até 2 de abril. Isso porque mudanças nos vencimentos só podem ser concedidas 180 dias antes do pleito de outubro.
Sargento Rodrigues assegurou ser possível conseguir a recomposição de 24% desejada pelos agentes policiais. "O governador foi mudando de posição a medida que a pressão foi aumentando", falou.
"O movimento de estrita legalidade está virando efeito cascata para outros estados", pontuou. "O que o governador está fazendo com as forças de segurança é uma falta de respeito muito grande", emendou.
Aline Risi, presidente da Associação dos Escrivães da Polícia Civil do Estado de Minas Gerais (Aespol-MG) e diretora da Confederação Brasileira de Trabalhadores Policiais Civis (Cobrapol), disse crer que Zema pensa ter a reeleição assegurada.
"Ele que arque com as consequências. Não tem nada garantido para ele", contrapôs.
Segundo Rodrigues, o projeto de lei (PL) enviado por Zema para viabilizar reajuste de 10,06% a todo o funcionalismo público não será votado pelos deputados antes do dia 21. A data deve marcar o quarto ato público das tropas, que desde o mês passado agem conforme a estrita legalidade, cumprindo apenas com atividades expostas nos regimentos das categorias. A ideia é que o próximo protesto ocorra na Cidade Administrativa, em Belo Horizonte.
"A estrita legalidade vai continuar, porque este governo não merece respeito. O governo tratou a todos nós como moleques, mentiu, desafiou e aplicou estelionato em todos nós", disse, em transmissão nas redes sociais. A primeira proposta do governador previa reajuste de 10% com cláusula reatroativa a janeira válida apenas a profissionais da educação.
Zema enviou nova versão do projeto à Assembleia, oferecendo aumento retroativo também, a policiais e trabalhadores da saúde. O abono fardamento também foi ampliado e, agora, a ideia é que os agentes recebam o benefício em quatro parcelas anuais de R$ 2 mil.
As concessões, entretanto, ainda não satisfazem os agentes. Eles querem receber duas das três parcelas do acordo de reposição salarial de 2019. À época, Zema concordou em aumentar o salário deles em 13% em julho de 2020; depois, os soldos cresceriam mais 12% em setembro de 2021; em setembro deste ano, haveria novo reajuste, de mais 12%.
Apesar do pacto, as duas fatias de 12% foram vetadas pelo governador em março de 2020. À época, o projeto do reajuste das forças de segurança recebeu emenda que garantia a majoração dos vencimentos de todos os servidores. Por isso, Zema optou por barrar o mecanismo.
O projeto enviado à Assembleia sobre o reajuste de 10% precisa, segundo a Lei Geral das Eleições, ser votado até 2 de abril. Isso porque mudanças nos vencimentos só podem ser concedidas 180 dias antes do pleito de outubro.
Sargento Rodrigues assegurou ser possível conseguir a recomposição de 24% desejada pelos agentes policiais. "O governador foi mudando de posição a medida que a pressão foi aumentando", falou.
'Efeito cascata'
Ainda neste sábado, Jean Otoni, presidente do Sindicato dos Policiais Penais de Minas (Sindppen/MG), afirmou que Zema "não gosta" dos servidores. Conforme o dirigente, o movimento deflagrado pelas tropas mineiras encontra eco em outros estados."O movimento de estrita legalidade está virando efeito cascata para outros estados", pontuou. "O que o governador está fazendo com as forças de segurança é uma falta de respeito muito grande", emendou.
Aline Risi, presidente da Associação dos Escrivães da Polícia Civil do Estado de Minas Gerais (Aespol-MG) e diretora da Confederação Brasileira de Trabalhadores Policiais Civis (Cobrapol), disse crer que Zema pensa ter a reeleição assegurada.
"Ele que arque com as consequências. Não tem nada garantido para ele", contrapôs.