A greve das forças de segurança pública de Minas Gerais, iniciada em 21 de fevereiro deste ano, pode ter um novo encaminhamento nesta terça-feira (14/03). O motivo? Uma grande audiência pública na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) para tratar da nova proposta enviada pelo governo a respeito do reajuste salarial da categoria, motivo da paralisação.
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Zema sobre reajuste da Segurança: 'Prefiro fazer o certo e não ser eleito'Zema pede à ALMG que Recuperação Fiscal não tramite em regime de urgênciaZema resiste a aumento superior a 10%, mas polícias mantêm 'greve branca'Forças de segurança e Governo de MG selam acordo; atos são interrompidos Greve: forças de segurança de MG têm nova manifestação por reajuste marcadaNa última sexta-feira (11), o governo apresentou uma atualização da proposta enviada à ALMG em 25 de fevereiro, que foi rejeitada pelas forças de segurança. Inicialmente, o Executivo sugeriu recomposição salarial de 10,06% a todo funcionalismo público, com retroativo a janeiro de 2022 para servidores da educação.
Na nova proposta, a segurança pública e a saúde também entraram no rol de categorias com direito ao retroativo. Outro ponto diz respeito somente aos militares e trata de um aumento de quase quatro vezes quanto ao auxílio vestimenta.
A primeira resposta da classe não foi satisfatório quanto à proposta. Contudo, confiante no avanço desta proposta, o governo retirou a urgência de um texto que aborda a adesão ao Regime de Recuperação Fiscal (RRF), considerada uma das soluções para quitar uma dívida de cerca de R$ 140 bilhões com a União.
Ao apresentar a nova proposta, o governador mineiro Romeu Zema (Novo) disse que este é o máximo possível e que qualquer alteração no valor será vetada. "Tenho certeza que nossa Assembleia não vai querer prejudicar mais de 600 mil mineiros, que são aqueles que trabalham ou são aposentados pelo Estado. E como já disse, qualquer coisa maior que vier será vetado. Então, não temos condição de fazermos", afirmou, em entrevista coletiva.
Greve e atos
A segurança alega que o Executivo não cumpriu com um acordo de 2019, que previa reajuste salarial de 41% até 2021 - desse montante, somente 13% foi efetuado. Na manifestação em que a greve foi definida, em Belo Horizonte, a cidade foi tomada por policiais, bombeiros e outras categorias desde o início da manhã, com movimentação entre as regiões Central e Sul da capital.
Outro ato ocorreu em 25 de fevereiro, na Cidade Administrativa. Os agentes ocuparam boa parte daquela área e até invadiram por certo tempo a MG-010, principal via de acesso da região.
Já na última quarta-feira (9), os agentes voltaram às ruas de BH e, durante praticamente todo o dia, ocupando a Região Central da capital mineira. Este ato, inclusive, feriu uma jornalista da Band após explosão de uma bomba em um bueiro.