Jornal Estado de Minas

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Prefeitura de Extrema é acusada de 'despejar' grupo em São Tomé das Letras

A Prefeitura de Extrema, no Sul de Minas, foi acusada de 'despejar' pessoas em São Tomé das Letras na última sexta-feira (11/3). A administração de Extrema diz que o caso foi resolvido e em nenhum momento despejou pessoas no local.




 
A história veio à tona nesse domingo (13/3), após uma nota de repúdio publicada nas redes sociais da Prefeitura de São Tomé da Letras. O documento acusa a administração pública de Extrema de "despejar" pessoas na cidade.
 
Van de Extrema flagrada entrando em São Tomé das Letras (foto: São Tomé das Letras / divulgação)
 
A nota diz que câmeras de segurança na entrada do município registraram uma van com a logo da Prefeitura de Extrema deixando três pessoas, uma mulher e dois homens, na entrada do município, e foi embora. Na sequência, o trio teria montado uma barraca no local, mas a prefeitura informou que eles não poderiam se acampar na entrada da cidade e foram levados para um camping.
 
Nota repudiando 'despejo' foi divulgada (foto: São Tomé das Letras / divulgação)
 
“Repudiamos tal atitude, primeiramente pela irresponsabilidade, já que o papel da Assistência Social de cada município, como próprio nome diz, é assistir e não descartar a qualquer custo ou de qualquer forma seus cidadãos vulneráveis”, trecho de nota publicada.




 
De acordo com a prefeitura de São Tomé das Letras, o município de Extrema não fez nenhum contato prévio com a cidade.
 
O que diz Extrema...
 
Em resposta, a prefeitura de Extrema postou uma nota em suas redes sociais dizendo que foi surpreendida com a publicação. De acordo com a Secretaria de Assistência Social de Extrema, três pessoas da mesma família chegaram à cidade no último dia 10, e que ficaram acampados no canteiro da avenida Nicolau Cesarino.  
 
Diante do caso, o Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas) colheu informações do grupo e solicitou apoio para localizar os familiares, que vivem entre Três Corações e São Tomé das letras.
 
Segundo a nota, quando eles teriam chegado em São Tomé das Letras, nenhum familiar foi encontrado. Então, eles retornariam para Extrema, mas o trio se mostrou agressivo e ficou na cidade.
 
A Prefeitura de Extrema também publicou nota para explicar o caso (foto: Prefeitura de Extrema)
 
“Afirmando que a decisão em permanecer era deles, já que eram maiores de idade, não aceitaram nem ao menos ir até o Centro da cidade”, diz nota explicativa da Prefeitura de Extrema.
 
Ainda de acordo com a Prefeitura de Extrema, a assistência social já buscou o grupo e o caso foi resolvido. “A nota foi divulgada pela Prefeitura de São Tomé das Letras após a recondução e resolução do caso. Em nenhum momento a Prefeitura de Extrema se eximiu da responsabilidade do caso e repudia a transferência de vulnerabilidade”, ressalta nota.