Pré-candidato ao Palácio do Planalto, o deputado federal mineiro André Janones (Avante) crê que Jair Bolsonaro (PL) não age à altura do cargo que ocupa. Para o parlamentar, o presidente da República é, na verdade, um "candidato". Nesta terça-feira (15/3), em entrevista exclusiva ao Estado de Minas e ao Portal Uai, Janones afirmou que Bolsonaro, a despeito de ocupar a cadeira presidencial, é "maquiavélico".
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Kalil diz estar aberto ao diálogo com Lula: 'Tem posição social clara'Datena confirma que vai disputar o Senado por São Paulo'Basta uma faísca para explodir', diz Janones sobre greve dos caminhoneirosJanones: Guedes 'vive destilando preconceito' e tem 'insensibilidade'Presidente Jair Bolsonaro recupera sua expectativa de poder em ato do PLBrasileiros não confiam no poder público, diz pesquisa Datena confirma candidatura ao Senado na chapa de Rodrigo GarciaJuntas, as páginas de Janones em Facebook e Instagram somam mais de seis milhões de seguidores. Para o deputado, Bolsonaro ainda não se desprendeu dos costumes que tinha durante os anos em que exerceu mandato no Congresso Nacional.
"Bolsonaro não percebeu que virou presidente. Ele continua sendo deputado. Cargos diferentes exigem ações e perfis diferentes", assinalou.
"Hoje, não temos presidente da República. Temos uma pessoa que está lá, muito aquém do cargo. Até hoje, não sabe o que está fazendo lá e não tem consciência do que é ser chefe de Estado. Não tem nenhuma noção da importância daquela cadeira", emendou.
Na mais recente pesquisa XP/Ipespe, André Janones, congressista de primeira viagem, aparece com 1% das intenções de voto. Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o líder, angariou 43%; em segundo, está Bolsonaro, que somou 28%.
'Falsa polarização'
Na visão de Janones, a vantagem de Lula e Bolsonaro sobre os demais potenciais participantes da corrida eleitoral é explicada pelo que chamou de "falsa polarização". Segundo ele, os erros do atual presidente "empurram" parte da população para o polo petista; paralelamente, cidadãos antipetistas escolhem Bolsonaro para evitar o retorno do partido ao poder.
"Estão escolhendo entre o menos pior. Ou, falando no popular, entre o sujo e o mal lavado", sentenciou.