Se dependesse apenas do eleitorado feminino, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) venceria no primeiro turno se as eleições fossem hoje, de acordo com a edição de março da Pesquisa Genial/Quaest, divulgada nesta quarta-feira (16/3).
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Nesse cenário, considerando os votos válidos, a soma dos opositores de Lula teriam 39% da preferência, percentual que não seria suficiente para um segundo turno.
Público masculino
Entre o público masculino, o placar dessa pesquisa estimulada para o primeiro turno também ficou a favor de Lula, mas com uma diferença menor. O petista deve 41% da preferência contra 31% a favor de Bolsonaro.
De acordo com a pesquisa, a avaliação negativa da gestão de Bolsonaro passou de 51% para 49% entre fevereiro e março. Já a regular, manteve-se estável em 22% e, a positiva, passou de 22% para 24%.
Felipe Nunes, CEO da Quaest e coordenador da pesquisa, destacou que houve melhora marginal na avaliação do governo, devido ao movimento de retorno de eleitores que votaram em Bolsonaro em 2018, mas que se frustraram com o presidente nos últimos anos, refletindo o fato de Bolsonaro estar atraindo eleitores da terceira via que acreditam que essa opção está cada vez mais inviabilizada. Ele também reconheceu que houve uma redução da avaliação negativa de Bolsonaro nas regiões mais pobres, como Norte e Nordeste, refletindo um certo impacto do Auxílio Brasil, que substituiu o Bolsa Família. “O efeito do auxílio tem sido pequeno, embora seja significativo para o público de baixa renda”, acrescentou.
A pesquisa mostra ainda que a avaliação negativa de Bolsonaro entre as mulheres ficou em 53% no mês de março, um ponto percentual abaixo do percentual de fevereiro (54%). Entre o público masculino, a avaliação negativa do atual governo passou de 48% para 43% na mesma base de comparação.
Na média de todos os cenários da pesquisa estimulada para o primeiro turno, a preferência por Lula ficou estável, em 46% e Bolsonaro, em segundo lugar, passou de 24% para 26%.
Entre os destaques da pesquisa está a queda das avaliações negativas, em diferentes recortes. Um deles demonstra que houve uma redução de 22 pontos percentuais na avaliação negativa do governo para os eleitores que se beneficiam do Auxílio Brasil, caindo de 45% para 23%.
Mesmo com a alta da gasolina e a economia se estabelecendo como principal preocupação entre os eleitores, um crescimento de 35% para 51%, a avaliação positiva do atual governo vai avançando para um melhor patamar desde o início das pesquisas, em 2021.
O levantamento realizou duas mil entrevistas entre 10 e 13 de março e tem margem de erro de dois pontos percentuais. O nível de confiança da pesquisa é de 95%.