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Estado de Minas ELEIÇÕES 2022

Com apoio de Lula, Kalil teria mais votos que Zema apoiado por Bolsonaro

A pesquisa Quaest/Genial, divulgada nesta sexta-feira (18/3), mostra que as alianças com candidatos à presidência podem definir próximo governador de MG


18/03/2022 09:54 - atualizado 18/03/2022 12:43

Prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD), ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), governador Romeu Zema (Novo) e presidente Jair Bolsonaro (PL)
Aliança entre Kalil e Lula, Zema e Bolsonaro podem definir eleições ao governo de MG (foto: Alexandre Guzanshe/Denys Lacerda/EM/D.A Press/Divulgação/PT/Clauber Cleber Caetano/PR)
A pesquisa Quaest/Genial para as eleições 2022 em Minas Gerais, divulgada em primeira mão pelo Estado de Minas nesta sexta-feira (18/3), mostra que a disputa ao governo de Minas pode ser definida pelas alianças aos candidatos para a presidência da República. Enquanto Alexandre Kalil (PSD) pode ter o apoio do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Zema deve seguir outro caminho com o presidente Jair Bolsonaro (PL). O levantamento mostra que neste cenário, o prefeito de Belo Horizonte pode ter maior apoio dos eleitores.
 


Mas caso Kalil forme aliança com o petista, a pesquisa mostra que 49% dos eleitores votariam nele. Enquanto 35% mostraram preferência por Zema, se for apoiado por Bolsonaro. Outros 12% não pretendem votar e 4% estão indecisos.
 
 
Pesquisa Quaest/Genial divulgada nesta sexta-feira (18/3) ao governo de MG
Caso Kalil forme aliança com Lula, as intenções de voto para o governo de MG sobem para 49% e Zema, com apoio de Bolsonaro, tem 35% (foto: Divulgação)
 
Outros 36% preferem que a disputa ao governo de Minas não seja ligada nem a Bolsonaro nem a Lula. Neste cenário, Zema teria 49% das intenções de voto e Kalil 33%.
 
 
Pesquisa Quaest/Genial divulgada nesta sexta-feira (18/3)
40% dos eleitores preferem um candidato ligado a Lula e 21% ligado a Bolsonaro (foto: Divulgação)
 
 
 

Alianças

Lula deixou claro em entrevistas feitas a veículos mineiros que tem intenção de conversar com Kalil quando o prefeito de BH tomar a decisão definitiva de se candidatar ao Executivo estadual. O ex-presidente disse que o PT deveria ter “maturidade” para abrir mão de candidatura própria ao governo de Minas e apoiar Kalil. "Em Minas Gerais, com quem podemos fazer coligação é com o Kalil", afirmou Lula  à rádio Itatiaia, garantindo ainda que ainda não conversou com o atual prefeito de BH e que deverá fazê-lo após o dia 27 de março, "quando Kalil deverá ter deixado a prefeitura e estará livre para conversar".

Lula também foi só elogios ao prefeito de BH, a quem chamou de 'companheiro' por mais de uma vez durante a entrevista, e lamentou o PT ter feito lançamento 'vexatório', em 2020, da candidatura do ex-deputado Nilmário Miranda (PT), que disputou a eleição municipal com Kalil. "Ele (Kalil) é um companheiro que está fazendo um bom governo", afirmou o ex-presidente.

Na terça-feira (15/3), Kalil disse que está disposto a ter um diálogo com Lula. “Vai ser um prazer conversar com todo mundo, principalmente com o presidente Lula, que está liderando as pesquisas e tem um histórico de uma posição social muito clara”, disse.

Por outro lado, o governador de Minas foi eleito em 2018 após seu discurso de apoio a Bolsonaro. Cinco dias antes da votação de primeiro turno, a pesquisa Ibope mostrava Zema em terceiro lugar na disputa. Horas depois, em um debate em uma emissora de televisão, o candidato do Novo declarou apoio a Bolsonaro e conseguiu reverter a situação e chegar ao segundo turno e, por fim, ser eleito. Na época, ele adotou o bordão "Bolsozema" na campanha, apesar de não ter recebido apoio oficial.

Para tentar uma reeleição, Zema ainda não chegou a declarar apoio a nenhum pré-candidato até o momento. Enquanto Bolsonaro já afirmou que o atual governador de Minas deve conseguir a reeleição com tranquilidade. "Zema deve ser reeleito agora, tranquilo, não é? Todos os meus contatos com ele foram '10'. Até fora do Brasil, nos Emirados Árabes", disse o presidente, em janeiro.

Metodologia

A pesquisa foi realizada entre os dias 11 e 16 de março, com 1.480 residentes de Minas Gerais entrevistados face-a-face por meio de questionários estruturados.

A margem de erro estimada é de 2.5 pontos percentuais para mais ou para menos, com um nível de confiança de 95%. A pesquisa está registrada junto à Justiça Eleitoral sob o protocolo MG-00132/2022.


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