Depois de anunciar sua filiação ao PSB, o ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, afirmou, nesta sexta-feira (18/3), que o Brasil vive um “tempo de mudança”. Alckmin é cotado para ser vice-presidente na chapa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
“O tempo da mudança chegou! Depois de conversar muito e ouvir muito eu decidi caminhar com o Partido Socialista Brasileiro - PSB. O momento exige grandeza política, espírito público e união”, escreveu o ex-governador.
A aliança entre Lula e Alckmin começou depois da necessidade do petista de ter alguém da direita o apoiando. Com o discurso mais voltado para esta área ideológica, Alckmin é visto por muitos como “par ideal” para o ex-presidente.
Ao falar sobre a nova legenda, Alckmin deixou claro que estava “só começando”. “A política precisa enxergar as pessoas. Não vamos deixar ninguém para trás. Nosso trabalho para ajudar a construir um país mais justo e pronto para o enfrentamento dos desafios que estão postos está só começando”, disse.
A política precisa enxergar as pessoas. Não vamos deixar ninguém para trás. Nosso trabalho para ajudar a construir um país mais justo e pronto para o enfrentamento dos desafios que estão postos está só começando.
%u2014 Geraldo Alckmin (@geraldoalckmin) March 18, 2022
PSDB e eleição
O ex-tucano, desde a fundação do partido, Alckmin deixou o PSDB em dezembro passado após discordar da liderança do atual governador de São Paulo, João Doria, que passou a comandar também a legenda não só no estado como também no plano nacional ao conseguir a indicação do partido como virtual candidato a presidente da República - a confirmação da candidatura de Doria, como a dos demais candidatos em disputa pelo voto, depende agora de convenção partidária, conforme prevê a legislação eleitoral.
A mudança de partido sinaliza mais um passo para a aliança com Lula. Em janeiro deste ano, Carlos Siqueira, presidente nacional do PSB, disse que o ex-governador só será vice de Lula se não quiser.
"Ele é convidado ( a se filiar ao PSB), bem-vindo e só não vem se não quiser", disse o presidente do PSB durante entrevista ao UOL. "Também só não será vice se o presidente Lula não quiser", afirmou também Siqueira em fevereiro passado durante a mesma entrevista.