O ministro do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes, afirmou, nesta terça-feira (22/03), que o maior legado do presidente Jair Bolsonaro (PL) foi ter nomeado o ex-juiz Sergio Moro (Podemos) ministro da Justiça para depois devolvê-lo para “o nada”.
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Em um dos relatos, Gilmar conta que se encontrou com Bolsonaro e os dois acabaram discutindo sobre a passagem de Moro no Ministério da Justiça.
“Um dia ele me disse: ‘Olha, cometemos muitos erros e entre eles está ter nomeado Sergio Moro. Se tivéssemos um ano de experiência antes, talvez não tivéssemos feito isso’. Eu disse: ‘Não, presidente. Entre os seus legados está ter nomeado Sergio Moro ministro da Justiça e depois tê-lo devolvido para o nada'”, narrou Gilmar.
Gilmar também falou sobre a pré-candidatura de Moro e também de Deltan Dallagnol, ex-procurador da Lava-Jato, que pretende se tornar deputado federal.
“Esse episódio do delegado que participa de uma grande operação e em seguida ser candidato a deputado federal e as próprias candidaturas, hoje, do Moro e do Dallagnol indicam que de fato havia por trás um intuito político e político-partidário”, disse.
Ainda de acordo com Gilmar, “felizmente” esses “personagens não têm tido muito sucesso na política”.
“Fazem um mandato e depois já não conseguem mais, como aconteceu com o delegado Protógenes ou com o juiz Witzel, do Rio de Janeiro, que sequer conseguiu completar o primeiro mandatado”, concluiu.
“Fazem um mandato e depois já não conseguem mais, como aconteceu com o delegado Protógenes ou com o juiz Witzel, do Rio de Janeiro, que sequer conseguiu completar o primeiro mandatado”, concluiu.