O ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSB) fez uma série de elogios ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), nesta quarta-feira (23/3), durante cerimônia de filiação ao PSB. O ex-tucano relacionou o petista a algo que “representa a própria democracia”. Alckmin é cotado a ser pré-candidato a vice-presidente da chapa de Lula.
“Ele [Lula] é, hoje, aquele que melhor reflete, interpreta o sentimento de esperança do povo brasileiro. Aliás, ele representa a própria democracia porque ele é fruto da democracia. Não chegaria lá, do berço humilde que sempre foi, se não fosse o processo democrático. Por ter conhecido as vicissitudes, é que, na realidade, interpreta esse sentimento da alma nacional”, disse o ex-governador.
Alckmin e Lula eram rivais. Os dois chegaram a disputar a presidência no segundo turno das eleições de 2006. Na época, Lula venceu com 48,6% dos votos contra 41,6%.
Ao falar da rivalidade, Alckmin deixou claro que o ex-presidente será sua escolha para o futuro do país.
“Alguns podem estranhar. Eu disputei com o presidente Lula a eleição em 2006. Fomos para o segundo turno, mas nunca colocamos em risco a questão democrática. O debate era de outro nível. Nunca se questionou a democracia”, afirmou.
“Alguns podem estranhar. Eu disputei com o presidente Lula a eleição em 2006. Fomos para o segundo turno, mas nunca colocamos em risco a questão democrática. O debate era de outro nível. Nunca se questionou a democracia”, afirmou.
Eleições
A chapa Lula e Alckmin vem sendo muito comentada nos bastidores da política. O ex-presidente busca um nome moderado para compor a chapa majoritária do PT.
Em contrapartida, alguns membros da legenda ainda relutam com a ideia de receber o ex-governador de SP. Isso porque, certos membros do PT, acreditam que Lula pode cometer o mesmo erro que a ex-presidente Dilma Rousseff (PT) e se aliar com um “rival”, como Michel Temer (MDB).
Mesmo em meio às críticas, Lula já disse estar animado com a aliança. Em entrevista à Rádio Som Maior, na tarde desta terça-feira (22/3), o ex-presidente chamou o ex-tucano de “adversário político", mas confirmou que isso não impossibilita uma aliança.
“Alckmin é uma pessoa de muita experiência política. Somos adversários, mas não significa que somos inimigos. Podemos estabelecer pontos de conversa e construir interesses programáticos juntos.”, destacou. Se Alckmin for o meu vice, penso que será um benefício para o Brasil. A gente fará um grande governo, se ganharmos as eleições”, concluiu.