Hoje, Lula tem 51% dos votos entre os eleitores com até dois salários mínimos, contra 19% de Bolsonaro. Em dezembro, Lula tinha 56% das intenções de voto nesse grupo e o atual presidente 16%. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.
O eleitorado de menor renda familiar concentra mais da metade dos entrevistados pelo Datafolha. Mesmo que essas duas pesquisas (atual e a de dezembro) não sejam diretamente comparáveis, já que houve mudanças na lista de candidatos, a queda de Lula na preferência entre a população em que ele, historicamente, conquistou eleitores fiéis, mostra que há uma mudança de tendência.
Já em situação de segundo turno, essa diferença cresce ainda mais. Entre aqueles que recebem o Auxílio Brasil, Bolsonaro aparece 45 pontos atrás de Lula. Em meio aos beneficiários, a rejeição não sofreu mudanças, permanece estável com 62% que dizem não votar no Messias de jeito nenhum.
O Palácio do Planalto espera recuperar essa diferença com o avanço do pagamento do Auxílio Brasil, substituto do Bolsa Família. A expectativa é que isso amenize o baixo desempenho de Bolsonaro entre os eleitores mais pobres até a disputa presidencial, já que, atualmente, mais de 17 milhões de famílias são atendidas pelo programa.