Jornal Estado de Minas

ELEIÇÕES

Bolsonaro diz que, sem ele, será 'foda' recuperar liberdade


Em tom eleitoral, o presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou nesta sexta-feira (25/3) que a população precisa ter cuidado com "propaganda política fácil". O chefe do Executivo também voltou a defender a contagem do voto nas eleições e ironizou ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) ao chamá-los de "queridos". As declarações ocorreram durante a cerimônia de lançamento de novas entregas do Programa Renda e Oportunidade, no Palácio do Planalto.





"Vamos fazer a nossa parte e o povo que decida. Mas eu complemento, o voto tem que ser contado. Não podemos disputar uma eleição com a mínima suspeição de que algo esteja errado. E podem ter certeza: eu acredito que as eleições sejam limpas no corrente ano, porque só podemos concorrer às eleições desta maneira. Muitos me acusaram de ser ditador, de querer dar golpe. A gente está fazendo justamente o contrário do que nos acusaram."

Bolsonaro ainda relatou que "vai perder ou ganhar dentro das quatro linhas (da Constituição)''. "Nós queremos eleições limpas e tenho certeza que temos como colaborar com nosso prezado TSE (Tribunal Superior Eleitoral), com nosso querido Alexandre de Moraes, com nossos queridos (Luís Roberto) Barroso e (Edson) Fachin, para que isso aconteça. Eu tenho certeza que, do fundo do coração deles, eles querem isso. Isso é o que quer, no meu entender, grande parte da população brasileira. Aqui, não é uma disputa de campeonato de futebol, onde já vimos uma grande torcida falar: 'Olha, foi gol de mão, mas gol de mão é mais gostoso'. Para eleições, não vale isso, não, vale é seriedade, vale a transparência. Vamos perder ou ganhar dentro das quatro linhas", emendou.

Em indireta a decisões de ministros do STF e do TSE, o presidente completou que é necessário fazer quem está fora da linha das quatro linhas "vir para dentro de campo" e citou a Venezuela como exemplo de país falido que se alimenta de cães e gatos.





"Agora, quem está dentro das quatro linhas tem a obrigação de fazer quem está fora das quatro linhas vir para dentro de campo. Aí, sim, é ser brasileiro, é ser patriota, é ser democrata, é zelar pela liberdade. O que está em jogo pessoal não é se nós vamos comer cães ou gatos, porque isso daí é uma consequência natural, é saber se nós vamos viver em liberdade ou não".

Por fim, o chefe do Executivo mandou um recado à população afirmando que, sem ele na Presidência, "vai ser foda" recuperar a liberdade.

"Só se dá valor à liberdade depois que se perde. Mas para recuperá-la, pessoal, desculpa o palavrão: vai ser foda. Vão passar 50, 60, 70 anos para recuperá-la. Não percam a oportunidade de garantir a sua liberdade agora. Se você não quer lutar pela sua liberdade, tudo bem. Lute pela do seu filho, do seu neto. Não esmoreça. A responsabilidade é de todos nós", concluiu.