A Polícia Federal abriu inquérito para investigar supostas irregularidades no chamado "gabinete paralelo" do Ministério da Educação. O escândalo envolve o chefe da pasta, Milton Ribeiro, que teria favorecido pastores evangélicos para negociar a liberação de verbas a prefeituras.
O inquérito foi aberto nessa quinta-feira (24/3) a pedido da Controladoria-Geral da União. A CGU enviou à PF o resultado de uma sindicância interna que apontou supostas fraudes nos repasses do MEC.
O caso veio à tona após a Folha de S.Paulo ter divulgado áudios em que Ribeiro afirma priorizar pastores aliados na liberação de recursos do Fundo Nacional da Educação (FNDE). Na gravação, ele cita ser um "pedido especial" do presidente Jair Bolsonaro (PL).
No Supremo
Outro inquérito, autorizado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR), deve ser aberto pela PF nos próximos dias.
Outro inquérito, autorizado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR), deve ser aberto pela PF nos próximos dias.
Ontem, a ministra do STF Cármen Lúcia ressaltou que tratam-se de "fatos gravíssimos". "Se dá notícia de fatos gravíssimos e agressivos à cidadania e à integridade das instituições republicanas que parecem configurar práticas delituosas", afirmou.
Ao autorizar abertura da investigação, a magistrada determinou o envio dos autos para a Polícia Federal e fixou o prazo de 30 dias para a realização das diligências. O período poderá ser prorrogado se houver "motivação específica e suficiente".