Em evento neste domingo (27/03) do Partido Liberal (PL) em tom de campanha eleitoral, Jair Bolsonaro (PL) foi lançado como pré-candidato à Presidência da República nas eleições de 2022, em outubro. O atual presidente tentará a reeleição pela nova legenda, que, no comício, também lançou outros nomes como pré-candidatos.
Em discurso de cerca de 28 minutos, Bolsonaro falou como candidato à reeleição e destacou uma luta do "bem contra o mal", não de "esquerda contra a direita". O evento do PL, denominado Movimento Filia Brasil, aconteceu em Brasília e teve a presença de apoiadores e várias autoridades políticas, entre ministros, senadores e deputados.
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"Ao longo destes três anos, onde sofremos as consequência econômicas da pandemia e outros efeitos adversos, alguns próximos de mim falavam: 'Se complicar, eu vou mudar para um país lá do Norte'. Não se esqueçam de uma coisa, esse país mais lá do Norte está complicado viver lá também. Essa terra é a nossa terra, esse é o nosso Brasil. O nosso inimigo não é externo, é interno. Não é uma luta da esquerda contra a direita, é uma luta do bem contra o mal. E nós vamos vencer essa luta, porque eu estarei sempre na frente de vocês", disse Bolsonaro, em certo momento da fala.
Lula (PT), presidente entre 2003 e 2010 e pré-candidato à Presidência da República este ano, é cotado como principal rival de Bolsonaro nas eleições de 2022. Outros nomes correm por fora na disputa, como Ciro Gomes (PDT), Sergio Moro (Podemos), João Doria (PSDB), Eduardo Leite (PSDB), André Janones (Avante), Simone Tebet (MDB) e Felipe d'Ávila (Novo).
As eleições de 2022 acontecem em 2 de outubro, em primeiro turno, e, onde houver segundo turno, 30 de outubro. Além de presidente, o eleitor deverá votar em um senador no pleito, governador, deputado federal e deputado estadual.
No discurso, Bolsonaro utilizou de temas que o levaram até à Presidência da República: “Deus, pátria, família, povo e liberdade”, afirmou o próprio. Bolsonaro também colocou em dúvida a efetividade do processo eleitoral brasileiro e diz que quer entregar o país "bem lá na frente".
"O que nós queremos, juntamente com muitos que estão aqui, é deixar, entregar o comando deste país lá na frente, bem lá na frente, por um critério democrático, transparente. Um país bem melhor do que recebi em 2019", afirmou.
Outro ponto levantado por Bolsonaro, sem apresentar provas, é que ele defende o país de uma ditadura. Ao citar isso, o presidente relembrou que flexibilizou o uso de armas de fogo entre a população brasileira.
“Geralmente, as ditaduras, ou quase sempre, começam no Poder Executivo. Eu nunca vi o Legislativo dar golpe, ou o Judiciário dar golpe, eu nunca vi. Sempre, no mundo afora, os golpes vêm pelo Executivo. E primeiro se desarma a população de bem, o nosso governo age na contramão disso. Não tem nada para acusar o governo, que nós estaríamos buscando censurar o nosso povo ou censurar a mídia brasileira. Nós, com o que tínhamos, de legislação aprovada, ampliamos a posse e o porte de armas de fogo para o cidadão de bem", diz.