Presidente da República, Jair Bolsonaro (PL) fez neste domingo (27/03) nova referência a Carlos Alberto Brilhante Ustra, coronel reformado do Exército Brasileiro condenado em segunda instância por tortura e outros crimes em 1971, durante a ditadura militar. Bolsonaro, em discurso que se lançou como pré-candidato à reeleição nas eleições deste ano, em outubro de 2022, disse que Ustra foi um "velho amigo, que lutou por democracia".
"O que me moveu buscar aquele objetivo foi uma reeleição de uma pessoa que não tinha qualquer carisma, que a gente não consegue entender como teve, dentro do TSE, tanto voto. Quis o destino que viesse o impeachment. O meu voto, como todos parlamentares falaram, foi o que mais marcou. Eu não podia deixar um velho amigo, que lutou por democracia, que teve sua reputação quase destruída, sem deixar de ser citado naquele momento", afirmou.
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Posteriormente, Bolsonaro disse que, atualmente, defende o país de uma ditadura e que o atual governo não dá margem para a corrupção. Ao falar a respeito, no discurso de cerca de 28 minutos, o presidente relembrou que flexibilizou a arma de fogo entre a população brasileira.
"Geralmente, as ditaduras, ou quase sempre, começam no Poder Executivo. Eu nunca vi o Legislativo dar golpe, ou o Judiciário dar golpe, eu nunca vi. Sempre, no mundo afora, os golpes vêm pelo Executivo. E primeiro se desarma a população de bem, o nosso governo age na contramão disso. Não tem nada para acusar o governo, que nós estaríamos buscando censurar o nosso povo ou censurar a mídia brasileira. Nós, com o que tínhamos, de legislação aprovada, ampliamos a posse e o porte de armas de fogo para o cidadão de bem", disse Bolsonaro.