A empresa organizadora do festival Lollapalooza, T4F Entretenimento, recorreu da decisão do ministro Raul Araújo, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que proíbe atos políticos no Lollapalooza. A informação foi divulgada pelo jornal O Globo na noite deste domingo (27/3).
Segundo a reportagem, os advogados pediram que o ministro reconsiderasse a liminar que deu ou leve o recurso para ser analisado pelo plenário da Corte. Ainda de acordo com o jornal, a empresa organizadora entrou com recurso apesar de não ter sido notificada oficialmente, já que a representação feita pelo PL junto ao TSE identificou uma empresa errada.
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Lolla: Djonga diz odiar Bolsonaro e fala que vai 'desobedecer' proibiçãoLollapalooza: Felipe Neto oferece para pagar multa e Anitta debocha do TSE Foo Fighters: fãs homenageiam Taylor Hawkins no Lollapalooza"A T4F Entretenimento ressalta que a representação do PL identificou duas empresas erradas como sendo responsáveis pelo festival, mas que se apresentou 'espontaneamente' e de 'boa-fé' como organizadora do evento", disse a reportagem.
A decisão
Segundo o ministro Raul Araújo, relator do processo, manifestações que "fazem clara propaganda eleitoral em benefício de possível candidato a presidente" estão vedadas. Além disso, também está proibida "a realização ou manifestação de propaganda eleitoral ostensiva e extemporânea em favor de qualquer candidato, ou partido político por parte dos músicos e grupos musicais que se apresentem no festival". O artista está sujeito a multa de R$ 50 mil.
O PL entrou com a ação no TSE nesse sábado (26). "Eis porque a manifestação política em mais de um show, uma em absoluto desabono ao pré-candidato Jair Bolsonaro e outra em escancarada propaganda antecipada em favor de Luiz Inácio (Lula da Silva) negativa e antecipada além de promoverem verdadeiro showmício, sendo indiferente se o evento foi custeado pelo candidato ou se o mesmo esteve presente no ato", diz o partido, que também tentou suspender o evento.
Atos
O primeiro grande ato de uma artista foi de Pabllo Vittar, que cantou na sexta. A cantora pop gritou "fora, Bolsonaro" na apresentação e, posteriormente, ao descer na plateia, carregou e estendeu uma bandeira com o rosto de Lula (PT), pré-candidato nas eleições presidenciais de 2022 - assim como Bolsonaro.
O primeiro grande ato de uma artista foi de Pabllo Vittar, que cantou na sexta. A cantora pop gritou "fora, Bolsonaro" na apresentação e, posteriormente, ao descer na plateia, carregou e estendeu uma bandeira com o rosto de Lula (PT), pré-candidato nas eleições presidenciais de 2022 - assim como Bolsonaro.
Já nesse sábado, foi a vez de Emicida protestar contra o presidente. "Bolsonaro, vai tomar no cu", afirmou o rapper, depois de falar para pessoas de 16 a 18 anos tirarem o título de eleitor para votar nas eleições deste ano. Em meio aos dois casos e aos vários shows, os gritos entoados por Pabllo e Emicida foram presença garantida em meio ao festival. O festival de música que acontece na cidade de São Paulo entre a última sexta-feira (25) e este domingo.
O presidente da República foi o principal alvo das manifestações, com xingamentos e gritos contrários da plateia e de artistas diversos.