Milton Ribeiro, ministro da Educação, afirmou por meio de suas redes sociais que autorizou a reprodução de sua imagem na produção de bíblias, para serem distribuídas gratuitamente em um evento religioso, nesta segunda-feira (28). O ministro está envolvido no esquema de denúncias que pode ser um grande escândalo de corrupção do governo de Jair Bolsonaro (PL).
De acordo com o jornal “O Estado de S. Paulo”, os exemplares com a foto de Ribeiro, juntamente com sua esposa, foram também oferecidos em um encontro do Ministério da Educação (MEC), em Salinópolis, a 220 quilômetros de Belém, no Pará.
Ainda segundo a reportagem, também estavam presentes os prefeitos e secretários do estado e os pastores Gilmar Santos e Arilton Moura, que supostamente estão envolvidos no escândalo.
Em sua conta oficial no Twitter, o ministro alegou que descobriu que as bíblias foram distribuídas também em outros eventos no final de outubro de 2021.
Contudo, descobri no final de outubro de 2021 que bíblias com minha imagem foram distribuídas em outros eventos sem a minha autorização. [2/3]
%u2014 Milton Ribeiro (@mribeiroMEC) March 28, 2022
Novamente agi com diligência e de forma tempestiva para evitar o uso indevido de minha imagem. Imediatamente, em 26 de outubro de 2021, enviei ofício desautorizando esse tipo de distribuição. Segue documentos comprobatórios.%uD83D%uDC47[3/3] pic.twitter.com/bYVWivrKNC
%u2014 Milton Ribeiro (@mribeiroMEC) March 28, 2022
Entenda a crise do MEC:
Na última sexta (25), a Polícia Federal instaurou inquérito para investigar as delações que afirmam o atendimento preferencial aos pastores na liberação de verbas do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), órgão que executa políticas do MEC.
Ribeiro vai comparecer na quinta-feira (31) ao Senado para dar explicações sobre o caso, e especula-se que o ministro deve se afastar do cargo para se defender das denúncias.