Sem citar a decisão do presidente Jair Bolsonaro (PL) de demiti-lo, o ex-presidente da Petrobras general Joaquim Silva e Luna discursou sobre a estatal em evento nesta terça-feira (29/3) e disse que a estatal "não tem lugar para aventureiro".
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"Está bem cuidada, tem uma governança muito forte. Não tem espaço para um aventureiro", afirmou Silva e Luna à plateia, composta majoritariamente por autoridades militares.
PPI
Ao comentar o aumento nos combustíveis, ele mencionou o Preço de Paridade de Importação. "A PPI é política de preços para importação e é apenas uma referência, pelo amor de Deus. Nós ficamos 57 dias sem alterar os preços dos combustíveis. Nós informamos ao governo, deu toda essa confusão."
A saída do general da presidência da Petrobras foi confirmada na noite de ontem (28) pelo Planalto. Quem o substitui é Adriano Pires, o atual diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE). Apesar da decisão, Silva e Luna foi apresentado no evento de hoje como presidente da estatal e não mencionou sua saída do cargo.
"A Petrobras deve atuar como uma empresa privada e deve praticar preço do mercado conforme a legislação vigente. Se o acionista majoritário quiser que faça outro preço, que o faça e, então, ressarce a empresa. Foi o que aconteceu com a greve dos caminhoneiros em 2018", afirmou o ex-presidente.
Silva e Luna disse ainda que a estatal não pode fazer política pública e muito menos política partidária. Na palestra, ele defendeu que não há monopólio do setor de combustíveis no Brasil e revelou que o tabelamento de preços dos combustíveis causou R$ 40 bilhões em perdas para o país entre 2010 e 2015, principalmente por investidores.
"O mercado vai ficar com medo de intervenções nos preços da empresa. Como eu vou investir em um país que não tem estabilidade?", finalizou.