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Estado de Minas TORNOZELEIRA

Silveira diz que só cumprirá ordem do STF quando deputados decidirem

Declaração foi feita após o parlamentar dormir na Câmara dos Deputados para evitar ser preso por descumprimento de ordem judicial


30/03/2022 15:43 - atualizado 30/03/2022 16:01

Silveira na tribuna da Câmara
O deputado federal Daniel Silveira na tribuna da Câmara (foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados )
Depois de passar a noite na Câmara dos Deputados para não precisar colocar tornozeleira eletrônica, o deputado federal Daniel Silveira (UB-RJ) afirmou, nesta quarta-feira (30/03), que somente cumprirá as medidas cautelares impostas pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), quando a determinação for votada pelos deputados.

“Eu não me recuso a cumprir ordens judiciais”, diz Daniel Silveira em tribuna. “O que eu estou dizendo é: até aceito a imposição, mas só depois dos deputados votarem”, disse.


Ainda de acordo com o parlamentar, a ordem de Moraes põe em xeque o Legislativo. “Não adianta eu chegar aqui e abrir o precedente contra o poder Legislativo por uma escalada de autoritarismo de uma única pessoa”, pontuou.

“Isso aqui é solo sagrado pro deputado, inviolável, justamente por isso. Onde o cidadão não possa mais avançar e defender sua ideia, nós possamos por ele. Peço aqui o respeito às imunidades parlamentares. Aceito, sim, quando os deputados decidirem dessa maneira”, enfatizou. 

Segundo Moraes, Daniel apresenta "comportamento delitivo” ao proferir "inúmeras ofensas” contra os ministros do Supremo.

LEIA TAMBÉM: Daniel Silveira chama Alexandre de Moraes de 'desonrado'

Por isso, de acordo com o magistrado, Silveira deveria ter voltado a usar tornozeleira eletrônica, sendo proibido de deixar Petrópolis no Rio de Janeiro, a não ser que fosse em direção a Brasília, onde exerce o mandato.

Julgamento

No início da tarde desta quarta, após Daniel Silveira dormir na Câmara para evitar ser preso por descumprimento de ordem judicial, o Supremo Tribunal Federal marcou para o dia 20 de abril o julgamento em Plenário da ação penal na qual o deputado é acusado, no caso dos atos antidemocráticos, de fazer ameaças aos ministros da Corte e ao próprio tribunal.


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